Contornos - Educação e Pesquisa

12 fevereiro 2024

Como começar uma revisão bibliográfica ou sistemática

Sabemos que em uma pesquisa acadêmica é necessário realizar uma revisão de literatura sobre o tema que envolve o objeto de pesquisa. Em um artigo sobre as causas do plágio em trabalhos acadêmicos, tratei sobre a importância da pesquisa na construção de um trabalho, ainda que simples, para que “tenhamos o que dizer” nos trabalhos que apresentamos. (Veja em: Plágio em trabalhos e relatórios: é preciso entender o que é pesquisa). No entanto, o que é e como fazer uma pesquisa bibliográfica? Por onde começar e como buscar as bases teóricas de uma pesquisa? E o que é uma revisão sistemática?

Primeiramente é preciso destacar que o processo de pesquisa não é linear, apesar de poder ser sistematizado. Trata-se de um vai e vem na medida em que se lê, experimenta visões e entra em confronto com ideias diversas. A definição do objeto fica mais amadurecida depois de algumas leituras, sendo que parte dessas serão bases para se aprofundar e outras são descartadas ao longo do caminho.

Severino (2007) distingue 3 fases do amadurecimento de um trabalho: (1) a fase da invenção, da descoberta e da formulação de hipóteses; (2) a pesquisa em si, podendo ser experimental, de campo e/ou bibliográfica e (3) a formulação amadurecida com o levantamento de fontes e documentos. Assim, há um percurso de exploração, leitura e amadurecimento da proposta e das percepções do pesquisador-autor, para daí se produzir um trabalho acadêmico.

As pesquisas acadêmicas são também pesquisas bibliográficas, pois sempre retomam as bases do tema a ser tratado. Algumas são apenas bibliográficas e outras e realizam também a pesquisa empírica, com dados construídos em trabalho de campo. De acordo com Severino (2007)

A pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro disponível de pesquisas anteriores em documentos impressos como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes nos textos (p.122).

A escolha sobre as fontes da pesquisa bibliográfica vai depender de um conhecimento básico sobre o tema e seus fundamentos, de autores clássicos até os mais atuais. Muitas vezes o/a professor/a orientador/a traz algumas sugestões, mas cabe ao estudante também buscar as bases do tema (se já não o conhecer) em planos de ensino das disciplinas relacionadas e referências de trabalhos estudados. O nível de aprofundamento depende do tipo de pesquisa que está sendo realizada (artigo, TCC, dissertação ou tese).

Já em uma pesquisa bibliográfica sistemática, revisão sistemática ou metapesquisa utiliza de palavras-chave e busca de trabalhos em bases de dados, com recortes e filtros como período de publicação, área de estudos, entre outros. Pode haver diferenças procedimentais em cada uma das nomenclaturas e abordagens conforme os autores, mas basicamente apresentam o uso de palavras-chave para busca em bancos de dados e critérios de exigibilidade , ou seja, o que seja incluído ou não na lista de estudos a serem lidos. Essa busca pode ser realizada tanto em bibliotecas quanto em bases de dados digitais (ver exemplos mais adiante).

https://external-content.duckduckgo.com/iu/?u=https%3A%2F%2Ftse4.mm.bing.net%2Fth%3Fid%3DOIP.sgEzUA2ryU0p1SeMuRxUEwHaE8%26pid%3DApi&f=1&ipt=c9f65248c9c0b055504ea06ae67f588ae05d0b59659676f1ca293e0f4436d98e&ipo=images
Fonte: Biblioteca UFT https://ww2.uft.edu.br/

A leitura dos estudos de revisão sistemática é guiada por perguntas pré definidas que são feitas para cada estudo, conforme o problema de pesquisa. Por exemplo, em um artigo que foi publicado em 2015, realizei uma pesquisa sistemática sobre o que outros estudos dizem sobre a formação de professores para a gestão democrática na escola. Com as leituras, foram formadas categorias a partir dos achados, que depois foram sistematizadas em anotações e arquivos.

No exemplo, realizamos um levantamento junto ao Banco de Teses e Dissertações Capes das produções referentes aos anos de 2011 e 2012. Observamos que, nesse período, foram defendidas 25 dissertações e 4 teses com os termos gestão democrática da educação, gestão escolar democrática e gestão democrática na escola. A intenção era verificar, inicialmente, através dos resumos, os temas e objetos investigados nas pesquisas, além de seus resultados, buscando compreender as tendências na efetivação da gestão democrática na escola. 
 
Apenas com a leitura dos resumos dessa amostra foi possível perceber que nenhum dos trabalhos abordava a relação entre formação inicial de professores e gestão escolar democrática, o que nos trouxe um dado importante para mais questões de pesquisa e aprofundamento. No trabalho completo é possível ver como trabalhamos com a revisão sistemática para entender os caminhos das pesquisas sobre gestão democrática na escola: A gestão escolar democrática na formação inicial do professor: elementos teóricos para pensar a formação política do professor da educação básica

Algumas bases de dados digitais de material bibliográfico mais comuns no Brasil:
  • SciELO - Brasil - É um portal que reúne acesso aos principais periódicos científicos do país, organizados por temas e áreas de conhecimento.
  • LILACS - bvsalud.org - Um abrangente índice da literatura científica e técnica da América Latina e Caribe.
  • Portal de Periódicos da CAPES - Uma plataforma digital que oferece acesso a uma vasta gama de periódicos científicos, artigos, revistas, e outras fontes de informação acadêmica. Desenvolvido pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
  • Catálogo de Teses & Dissertações - CAPES - Trata-se de um repositório de dissertações e teses defendidas em universidades brasileiras s, também desenvolvido pela CAPES.

A biblioteca da UDESC elaborou um material informativo sobre revisão sistemática, um guia para quem quer se aprofundar nessa metodologia de pesquisa. Veja em: https://www.udesc.br/bu/manuais/rsl

Existe outro tipo de pesquisa que pode se confundir com a pesquisa bibliográfica que é a pesquisa documental. Trata-se de uma outra metodologia que envolve práticas próprias. Sobre a pesquisa documental, veja este outro artigo: Pesquisa Documental: utilização e abordagens metodológicas

Enfim, muito se poderia falar sobre pesquisa bibliográfica e sistemática, no entanto, o objetivo aqui é aproximar ou reaproximar as pessoas dos procedimentos de pesquisa acadêmica e mais leituras podem ser necessárias para o aprofundamento da compreensão.


Referência:

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23.ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.

04 fevereiro 2024

Como referenciar figuras e imagens (II) - Imagens geradas por IA

A citação de figuras e imagens geradas por inteligência artificial (IA) em trabalhos acadêmicos segue as mesmas diretrizes básicas de citação para qualquer outra imagem (ver Como referenciar figuras e imagens). No entanto, ainda que o comando seja executado por você, é importante reconhecer que as figuras e imagens geradas por IA são criadas por uma ferramenta específica e podem existir diferenças e particularidades entre essas ferramentas, sendo, portanto, essencial mencioná-las.

Ao utilizar essas imagens, é fundamental destacar as considerações éticas associadas ao uso de IA. Mesmo em uma apresentação de slides, o rigor deve ser o mesmo de um trabalho escrito. O quanto essa imagem é importante para o seu trabalho? A imagem “cabe” para o contexto? Há alguma imagem “real” que possa substituí-la? Estou sendo transparente quanto às informações da imagem? São algumas perguntas a se fazer quando utilizar imagens criadas por IA.


Aqui estão algumas orientações gerais para as referências de figuras ou imagens geradas por IA ou algoritmos em geral:

No título da figura:

Inclua informações sobre a descrição da imagem. Por exemplo, "Figura 2: representação de um pesquisador em trabalho de campo."


Na legenda da figura:

Inclua informações detalhadas sobre a ferramenta de IA ou o algoritmo utilizado. Por exemplo, "Fonte: gerado por [Nome da Ferramenta de IA] em dd/mm/aaaa."


No texto:

Mencione a autoria como "imagem gerada por [Nome da Ferramenta de IA]" ou "Figura gerada por algoritmo de inteligência artificial."


Exemplo:

Figura 1: Representação de uma cientista utilizando mecanismos de inteligência artificial.
.
Fonte: gerada por IA. Plataforma DALL·E 3. Em 2 de fevereiro de 2024.


Lembre-se de consultar as diretrizes de citação do estilo escolhido para garantir que você esteja seguindo todas as regras específicas dessas normas. Além disso, se a ferramenta de IA ou o algoritmo usado tiver um artigo ou documentação oficial, você pode incluir essa fonte na lista de referências para fornecer mais contexto sobre como a IA foi treinada e desenvolvida.

O uso de inteligência artificial em trabalhos acadêmicos é um tema que ainda estamos compreendendo e, por enquanto, essas indicações seguem princípios gerais de uma pesquisa científica como transparência, rigor, coerência e confiabilidade. É possível que algumas diretrizes mudem com o tempo e desenvolvimento de nossa compreensão, assim, atente à data de publicação e atualizações desta postagem. ;)

26 janeiro 2024

Infrequência escolar: rotinas e estratégias na escola

No ano de 2022 atuei como orientadora educacional de uma escola de ensino fundamental em um município de Santa Catarina e tinha como atividade diária o trabalho de prevenção e combate à infrequência escolar. O desaparecimento ou faltas alternadas de um estudante pode ser indício de situações como desinteresse, problemas de saúde, trabalho infantil, violência, maus tratos e/ou negligência, além da violação do direito à educação, por isso, o tema é sempre urgente.

Neste texto, o objetivo é apresentar de forma ampla a rotina de combate e prevenção à evasão escolar na perspectiva tanto da orientação pedagógica quanto do/a professor/a em sala de aula. Várias das informações e protocolos aqui descritos estão disponíveis no curso “Infrequência escolar e o programa APOIA do MPSC” disponível no link: Infrequência Escolar e o Programa APOIA do MPSC


Rotina da orientação pedagógica

Com a verificação da alta quantidade de faltas (mediante aviso dos professores ou averiguação no sistema), era dado início aos registros e estratégias de resgate. Primeiramente, era preciso entender o que levou o estudante a deixar de frequentar. Antes de prosseguir, é importante diferenciar os conceitos de frequência, infrequência, abandono e evasão escolar.

Frequência escolar é o modo de medir a periodicidade com que os alunos estão comparecendo à instituição de ensino. Utilizamos os dados das chamadas feitas pelos professores diariamente,

O abandono escolar é caracterizado pela infrequência, ou seja, o desaparecimento do estudante ou alta quantidade de faltas (os parâmetros costumam ser em torno de 5 faltas seguidas ou 7 alternadas sem justificativa em 30 dias). Nesse caso, o estudante falta muito ou não vem mais, porém tem matrícula no ano seguinte.

Já a evasão escolar é quando o estudante não permanece em lugar algum, sai da escola e não retorna, não se matricula mais.

Portanto, na rotina, trabalhamos no combate à infrequência, que é por onde começa o abandono e a evasão escolar. Os motivos para a infrequência são diversos e há uma grande quantidade de estudos a respeito. O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) destaca algumas questões como as dificuldades de aprendizagem, a violência na escola (sobretudo o bullying), gravidez, trabalho, falta de transporte, entre outros. Também observei, mais recentemente, a infrequência relacionada a questões de saúde mental sem tratamento.

As configurações de cada caso são múltiplas e podem correlacionar várias questões, portanto, também demandam estratégias diferenciadas. Uma parte importante desse processo são os registros: das comunicações com os professores, das tentativas de contatos com os responsáveis, das reuniões, dos encaminhamentos realizados e outros atores da rede de proteção que foram acionados.

As formas de registros são diversas e devem fazer sentido na organização de cada profissional. Para a minha experiência, precisei usar (1) uma planilha com as comunicações dos professores e tentativas de contato com as famílias; (2) um planner para organizar as reuniões agendadas com famílias, professores e outros profissionais; (3) caderno com anotações sobre as reuniões e encaminhamentos.

(1) Modelo planner: Planner semanal e mensal  (PDF)
(2) Modelo planilha: Planilha Busca Ativa (Google Drive)

Quando havia reuniões com familiares, era realizada uma ata de reunião, assinada pelos presentes ao término. Dado o pouco tempo entre as atividades, na maioria das vezes as atas eram realizadas à mão em um livro de atas ou cadernos. Trata-se de uma tarefa muito difícil atender as famílias e fazer conversas complexas tendo que ao mesmo tempo secretariar e registrar a reunião, ainda que com outro colega acompanhando (o que é altamente recomendável), mas sabemos que a realidade é que temos poucos materiais e muitas demandas urgentes.

Aqui em Santa Catarina, temos o programa APOIA do MPSC que une as informações sobre infrequência, os fluxos e as estratégias adotadas por cada componente da rede (escolas das redes municipais, estaduais, federais e particulares, Conselho Tutelar e Ministério Público). É por meio desse programa que a escola registra o estudante, a quantidade de faltas e os contatos e estratégias realizadas junto aos responsáveis. Caso o estudante não retorne em 7 dias após o registro, a escola deve notificar, pelo sistema, o Conselho Tutelar. Se em 14 dias após o encaminhamento o estudante ainda não retornou, o caso vai para o Ministério Público. Por meio do sistema é possível acompanhar o fluxo, adicionar documentos, atualizar dados, informar o retorno, entre outras funcionalidades.

De acordo com o MPSC, as causas mais frequentes de abandono escolar relatados no APOIA são:
  • desinteresse/ não quer retornar
  • dificuldade de aprendizagem
  • problemas familiares
  • problemas de saúde
  • mudança de endereço sem confirmação de estar estudando
  • trabalho
  • gravidez/parto recente
  • responsáveis não localizados (não se sabe o motivo do abandono escolar)

O programa contribui muito para a gestão dos dados a respeito da infrequência no estado de Santa Catarina. No entanto, como qualquer sistema dessa magnitude, precisa de capacitação para o melhor aproveitamento e aperfeiçoamento no sistema em si. Um grande desafio da rotina é fazer os atendimentos, registros e lançamentos no sistema, considerando todas as demandas diárias da orientação pedagógica.

Estratégias da equipe pedagógica

Na minha experiência como orientadora, os professores foram muito parceiros na comunicação sobre as faltas e hipóteses sobre as causas da infrequência. Frequentemente fazíamos reuniões de assessoria individual com alinhamento das comunicações sobre faltas e também conversávamos sobre os encaminhamentos feitos e os possíveis. Essa parceria é essencial para que o trabalho tenha sucesso, embora esse sucesso muitas vezes esteja longe do alcance dos profissionais.

Além do contato com os professores, o contato com a rede intersetorial é essencial para que possam ser feitos encaminhamentos assertivos e ações de prevenção. Por exemplo, é possível realizar parcerias com o CRAS e a UBS da comunidade para realização de palestras na escola e troca de ideias em equipe sobre casos mais graves. O Conselho Tutelar também é um aliado neste trabalho, além de sua atuação obrigatória na busca ativa, dependendo da relação estabelecida, pode também haver uma parceria para discussão dos casos.

Como essas relações intersetoriais são construídas e mantidas são desafios que podem ser discutidos junto à equipe da escola, no entanto, muitas vezes um e-mail, um telefone ou uma visita se apresentando já são o pontapé de uma relação. Eu costumava começar escrevendo e-mails em busca de parcerias com outros órgãos municipais e tive muito sucesso, especialmente com o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social).

Os resultados obtidos com as estratégias devem ser monitorados pelos registros (como a planilha de acompanhamento dos casos), para que se possa planejar estrategicamente quais ações foram mais eficazes para os tipos de casos.

Rotina da professora em sala de aula

Hoje estou como professora em sala e lembro da importância do contato com a orientação, procuro a orientadora ou assistente pedagógica da escola e faço registros formais quando a infrequência começa a ocorrer. É interessante fazer o registro por escrito ou por e-mail, para que todos os envolvidos estejam seguros sobre terem feito os encaminhamentos.

No contexto que trabalho atualmente (Ensino Médio), o combate à infrequência se dá de maneira diferenciada do ensino fundamental, até porque muitas vezes os estudantes são maiores de 18 anos e não mais abrangidos pelos encaminhamentos via APOIA. Assim, o trabalho dos professores é também uma prevenção diária à infrequência, com o que se pode fazer desse lugar. Os últimos anos (durante e após a pandemia) foram bastante desafiadores nesse sentido e tentei estratégias diversas para incentivar os estudantes e combater o desânimo com os os estudos (ainda que as causas para infrequência sejam diversas e mais do que uma atitude pessoal). Organizei um site com os materiais da disciplina para que os estudantes se organizassem, formei grupos de estudos com direcionamento para o ensino técnico e superior, promovi saídas pedagógicas no período noturno, chamei ex-alunos da escola para conversarem sobre a vida depois de formados, convidei palestrantes com diferentes trajetórias, e, muitas vezes, em conversas informais, estreitamos os laços que davam força para continuar.

Você já se deparou com um contexto de alta evasão escolar? Que aspectos você percebeu que podem ter influenciado a desistência dos estudantes naquele ano letivo? No papel de professor, que tipos de ações você proporia para prevenir a evasão escolar?

Sugestões de material complementar

Rita de Cássia Pacheco Gonçalves. PROCESSOS PEDAGÓGICOS PARA PERMANÊNCIA E ÊXITO. Material do curso ESPECIALIZAÇÃO Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - PROEJA - PROEJA_processos_pedagogicos.pdf

SANTA CATARINA (2018) - POLÍTICA DE EDUCAÇÃO, PREVENÇÃO, ATENÇÃO E ATENDIMENTO ÀS VIOLÊNCIAS NA ESCOLA - Caderno - Política de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola - NEPRE.pdf

Ano novo, novos textos

De uns anos para cá, a continuidade deste espaço passou a ser um desafio, pois ao mesmo tempo em que tenho aprendido muito e tenho várias questões para expor e comentar, há pouco tempo em meio às rotinas da atuação direta na educação básica. No entanto, com a explosão de conteúdos em imagens e vídeos (esses cada vez mais curtos e acelerados), fiquei motivada a produzir TEXTOS.

Assim, preparei uma série de ensaios sobre cursos, leituras e práticas que realizei nos últimos anos, buscando contribuir com um conteúdo acessível em texto para estudantes, professores e pesquisadores. Que seja um ano de muito aprendizado com tranquilidade e leveza para todos nós.

Abs,

Vanessa