tag:blogger.com,1999:blog-17998453193713594492024-03-14T03:14:35.906-03:00Contornos - Educação e PesquisaEstudos e reflexões sobre metodologias de pesquisa, redação científica, normatização ABNT e fontes bibliográficas. Formação de professores. Letramento acadêmico e profissional.Unknownnoreply@blogger.comBlogger83125tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-90377518333770077862024-02-12T08:00:00.026-03:002024-02-12T20:13:45.579-03:00Como começar uma revisão bibliográfica ou sistemática<div style="text-align: left;">Sabemos que em uma pesquisa acadêmica é necessário realizar uma<i> revisão de literatura </i>sobre o tema que envolve o objeto de pesquisa. Em um artigo sobre as causas do plágio em trabalhos acadêmicos, tratei sobre a importância da pesquisa na construção de um trabalho, ainda que simples, para que “tenhamos o que dizer” nos trabalhos que apresentamos. (Veja em: <a href="http://www.contornospesquisa.org/2017/06/sobre-o-plagio-em-trabalhos-e.html">Plágio em trabalhos e relatórios: é preciso entender o que é pesquisa</a>). No entanto, <b>o que é e como fazer uma pesquisa bibliográfica? Por onde começar e como buscar as bases teóricas de uma pesquisa? E o que é uma revisão sistemática?</b><br /><br />Primeiramente é preciso destacar que o processo de pesquisa não é linear, apesar de poder ser sistematizado. Trata-se de um vai e vem na medida em que se lê, experimenta visões e entra em confronto com ideias diversas. A definição do objeto fica mais amadurecida depois de algumas leituras, sendo que parte dessas serão bases para se aprofundar e outras são descartadas ao longo do caminho. <br /><br />Severino (2007) distingue 3 fases do amadurecimento de um trabalho: (1) a fase da <i> invenção</i>, da descoberta e da formulação de hipóteses; (2) a <i>pesquisa em si</i>, podendo ser experimental, de campo e/ou bibliográfica e (3) a <i>formulação amadurecida</i> com o levantamento de fontes e documentos. Assim, há um percurso de exploração, leitura e amadurecimento da proposta e das percepções do pesquisador-autor, para daí se produzir um trabalho acadêmico.<br /><br />As pesquisas acadêmicas são também pesquisas bibliográficas, pois sempre retomam as bases do tema a ser tratado. Algumas são apenas bibliográficas e outras e realizam também a pesquisa empírica, com dados construídos em trabalho de campo. De acordo com Severino (2007) <br /><br /></div><div style="margin-left: 120px; text-align: justify;">A pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza a partir do registro disponível de pesquisas anteriores em documentos impressos como livros, artigos, teses etc. Utiliza-se de dados ou de categorias teóricas já trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O pesquisador trabalha a partir das contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes nos textos (p.122).<br /></div><br /><div style="text-align: left;"><div><div><div style="text-align: left;">A escolha sobre as fontes da pesquisa bibliográfica vai depender de um conhecimento básico sobre o tema e seus fundamentos, de autores clássicos até os mais atuais. Muitas vezes o/a professor/a orientador/a traz algumas sugestões, mas cabe ao estudante também buscar as bases do tema (se já não o conhecer) em planos de ensino das disciplinas relacionadas e referências de trabalhos estudados. O nível de aprofundamento depende do tipo de pesquisa que está sendo realizada (artigo, TCC, dissertação ou tese). <br /><br />Já em uma<b> pesquisa bibliográfica sistemática</b>, <b>revisão sistemática </b>ou <b>metapesquisa</b> utiliza de palavras-chave e busca de trabalhos em bases de dados, com recortes e filtros como período de publicação, área de estudos, entre outros. Pode haver diferenças procedimentais em cada uma das nomenclaturas e abordagens conforme os autores, mas basicamente apresentam o uso de <b>palavras-chave</b> para busca em <b>bancos de dados</b> e <b>critérios de exigibilidade</b> , ou seja, o que seja incluído ou não na lista de estudos a serem lidos. Essa busca pode ser realizada tanto em bibliotecas quanto em bases de dados digitais (ver exemplos mais adiante).</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div style="text-align: center;"><img alt="https://external-content.duckduckgo.com/iu/?u=https%3A%2F%2Ftse4.mm.bing.net%2Fth%3Fid%3DOIP.sgEzUA2ryU0p1SeMuRxUEwHaE8%26pid%3DApi&f=1&ipt=c9f65248c9c0b055504ea06ae67f588ae05d0b59659676f1ca293e0f4436d98e&ipo=images" height="266" src="https://external-content.duckduckgo.com/iu/?u=https%3A%2F%2Ftse4.mm.bing.net%2Fth%3Fid%3DOIP.sgEzUA2ryU0p1SeMuRxUEwHaE8%26pid%3DApi&f=1&ipt=c9f65248c9c0b055504ea06ae67f588ae05d0b59659676f1ca293e0f4436d98e&ipo=images" width="400" /></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Fonte: Biblioteca UFT https://ww2.uft.edu.br/</span></div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;"><br />A leitura dos estudos de revisão sistemática é guiada por perguntas pré definidas que são feitas para cada estudo, conforme o problema de pesquisa. Por exemplo, em um artigo que foi publicado em 2015, realizei uma pesquisa sistemática sobre o que outros estudos dizem sobre a formação de professores para a gestão democrática na escola. Com as leituras, foram formadas categorias a partir dos achados, que depois foram sistematizadas em anotações e arquivos.<br /><br />No exemplo, realizamos um levantamento junto ao Banco de Teses e Dissertações Capes das produções referentes aos anos de 2011 e 2012. Observamos que, nesse período, foram defendidas 25 dissertações e 4 teses com os termos <i>gestão democrática da educação</i>, <i>gestão escolar democrática</i> e <i>gestão democrática na escola</i>. A intenção era verificar, inicialmente, através dos resumos, os temas e objetos investigados nas pesquisas, além de seus resultados, buscando compreender as tendências na efetivação da gestão democrática na escola. </div><div style="text-align: left;"> </div><div style="text-align: left;">Apenas com a leitura dos resumos dessa amostra foi possível perceber que nenhum dos trabalhos abordava a relação entre formação inicial de professores e gestão escolar democrática, o que nos trouxe um dado importante para mais questões de pesquisa e aprofundamento. No trabalho completo é possível ver como trabalhamos com a revisão sistemática para entender os caminhos das pesquisas sobre gestão democrática na escola: <a href="https://revistas.uece.br/index.php/redufor/article/view/114" rel="nofollow" target="_blank">A gestão escolar democrática na formação inicial do professor: elementos teóricos para pensar a formação política do professor da educação básica</a><br /><br />Algumas bases de dados digitais de material bibliográfico mais comuns no Brasil:<br /><ul><li><a href="https://www.scielo.br/?lng=pt" rel="nofollow" target="_blank"><b>SciELO - Brasil</b></a> - É um portal que reúne acesso aos principais periódicos científicos do país, organizados por temas e áreas de conhecimento. </li><li><b>LILACS - <a href="https://red.bvsalud.org/lilacs/pt/ ">bvsalud.org</a></b> - Um abrangente índice da literatura científica e técnica da América Latina e Caribe.</li><li><b><a href="https://www.periodicos.capes.gov.br " rel="nofollow" target="_blank">Portal de Periódicos da CAPES</a> </b>- Uma plataforma digital que oferece
acesso a uma vasta gama de periódicos científicos, artigos, revistas, e
outras fontes de informação acadêmica. Desenvolvido pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)</li><li><a href="http://bancodeteses.capes.gov.br/ " rel="nofollow" target="_blank"><b>Catálogo de Teses & Dissertações - CAPES</b></a> - Trata-se de um repositório de dissertações e teses defendidas em universidades brasileiras s, também desenvolvido pela CAPES.</li></ul><br />A biblioteca da UDESC elaborou um material informativo sobre revisão sistemática, um guia para quem quer se aprofundar nessa metodologia de pesquisa. Veja em: <a href="https://www.udesc.br/bu/manuais/rsl" rel="nofollow" target="_blank">https://www.udesc.br/bu/manuais/rsl</a><br /><br />Existe outro tipo de pesquisa que pode se confundir com a pesquisa bibliográfica que é a <b>pesquisa documental</b>. Trata-se de uma outra metodologia que envolve práticas próprias. Sobre a pesquisa documental, veja este outro artigo: <a href="http://www.contornospesquisa.org/2012/04/pesquisa-documental-utilizacao-e.html" rel="nofollow" target="_blank">Pesquisa Documental: utilização e abordagens metodológicas</a><br /><br />Enfim, muito se poderia falar sobre pesquisa bibliográfica e sistemática, no entanto, o objetivo aqui é aproximar ou reaproximar as pessoas dos procedimentos de pesquisa acadêmica e mais leituras podem ser necessárias para o aprofundamento da compreensão.<br /><br /><br />Referência:<br /><br />SEVERINO, Antônio Joaquim. <b>Metodologia do trabalho científico</b>. 23.ed. rev. e atual. São Paulo: Cortez, 2007.</div></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-76793021461145405462024-02-04T15:58:00.006-03:002024-02-09T19:15:57.304-03:00Como referenciar figuras e imagens (II) - Imagens geradas por IA<div class="separator"><p style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">A <b>citação de figuras e imagens geradas por inteligência artificial (IA) em trabalhos acadêmicos</b> segue as mesmas diretrizes básicas de citação para qualquer outra imagem (ver <a href="http://www.contornospesquisa.org/2012/08/como-referenciar-figuras-imagens-e.html">Como referenciar figuras e imagens</a>). No entanto, ainda que o comando seja executado por você, é importante reconhecer que as figuras e imagens geradas por IA são criadas por uma <b>ferramenta</b> específica e podem existir diferenças e particularidades entre essas ferramentas, sendo, portanto, essencial mencioná-las.<br /><br />Ao utilizar essas imagens, é fundamental destacar as <b>considerações éticas associadas ao uso de IA</b>. Mesmo em uma apresentação de slides, o rigor deve ser o mesmo de um trabalho escrito. O quanto essa imagem é importante para o seu trabalho? A imagem “cabe” para o contexto? Há alguma imagem “real” que possa substituí-la? Estou sendo transparente quanto às informações da imagem? São algumas perguntas a se fazer quando utilizar imagens criadas por IA.<br /></p><p style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /><b>Aqui estão algumas orientações gerais para as referências de figuras ou imagens geradas por IA ou algoritmos em geral:</b><br /><br /><u><i>No título da figura:</i></u><br /><br />Inclua informações sobre a descrição da imagem. Por exemplo, "Figura 2: representação de um pesquisador em trabalho de campo."<br /><br /><br /><i><u>Na legenda da figura:</u></i><br /><br />Inclua informações detalhadas sobre a ferramenta de IA ou o algoritmo utilizado. Por exemplo, "Fonte: gerado por [Nome da Ferramenta de IA] em dd/mm/aaaa."<br /><br /><br /><u><i>No texto:</i></u><br /><br />Mencione a autoria como "imagem gerada por [Nome da Ferramenta de IA]" ou "Figura gerada por algoritmo de inteligência artificial."<br /><br /><br /></p><h3 style="text-align: left;">Exemplo:</h3><p style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;">Figura 1: Representação de uma cientista utilizando mecanismos de inteligência artificial.<br />.<img height="320" src="https://lh7-us.googleusercontent.com/NxIFxkOTjJ7isxs2fg9D3pLUpFy-czPyMga_RiA1t_83k5p8gebp82jPyEG6EoehpFcR1cz43FvQAjv8k9wPslWqOJasTxKflyTPVyJ4noNXyIBd3h-18u0MLRt9X8BuBmJc2EcxKq_SMbbWKjrhDi8=w320-h320" width="320" /> <br />Fonte: gerada por IA. Plataforma DALL·E 3. Em 2 de fevereiro de 2024.</p><p style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"></p><p style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br /></p><p style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;">Lembre-se de consultar as diretrizes de citação do estilo escolhido para garantir que você esteja seguindo todas as regras específicas dessas normas. Além disso, se a ferramenta de IA ou o algoritmo usado tiver um artigo ou documentação oficial, você pode incluir essa fonte na lista de referências para fornecer mais contexto sobre como a IA foi treinada e desenvolvida.<br /><br />O uso de inteligência artificial em trabalhos acadêmicos é um tema que <b>ainda estamos compreendendo</b> e, por enquanto, essas indicações seguem princípios gerais de uma pesquisa científica como <b>transparência, rigor, coerência e confiabilidade</b>. É possível que algumas diretrizes mudem com o tempo e desenvolvimento de nossa compreensão, assim, atente à data de publicação e atualizações desta postagem. ;)</p></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-49858681010855562272024-01-26T12:13:00.000-03:002024-01-26T12:13:06.354-03:00Infrequência escolar: rotinas e estratégias na escola <div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: left;">No ano de 2022 atuei como orientadora educacional de uma escola de ensino fundamental em um município de Santa Catarina e tinha como atividade diária o trabalho de prevenção e combate à infrequência escolar. O desaparecimento ou faltas alternadas de um estudante pode ser indício de situações como desinteresse, problemas de saúde, trabalho infantil, violência, maus tratos e/ou negligência, além da violação do direito à educação, por isso, o tema é sempre urgente.<br /></div><br /><div>Neste texto, o objetivo é <b>apresentar de forma ampla a rotina de combate e prevenção à evasão escolar na perspectiva tanto da orientação pedagógica quanto do/a professor/a em sala de aul</b>a. Várias das informações e protocolos aqui descritos estão disponíveis no curso “Infrequência escolar e o programa APOIA do MPSC” disponível no link: <a href="https://ead.mpsc.mp.br/enrol/index.php?id=52" rel="nofollow" target="_blank"><b>Infrequência Escolar e o Programa APOIA do MPSC</b></a><br /><br /><br /><b><i>Rotina da orientação pedagógica</i></b><br /><br />Com a verificação da alta quantidade de faltas (mediante aviso dos professores ou averiguação no sistema), era dado início aos registros e estratégias de resgate. Primeiramente, era preciso entender o que levou o estudante a deixar de frequentar. Antes de prosseguir, é importante diferenciar os conceitos de frequência, infrequência, abandono e evasão escolar.<br /><br /><u><b>Frequência escolar</b></u> é o modo de medir a periodicidade com que os alunos estão comparecendo à instituição de ensino. Utilizamos os dados das chamadas feitas pelos professores diariamente,<br /><br />O <b><u>abandono escolar</u></b> é caracterizado pela infrequência, ou seja, o desaparecimento do estudante ou alta quantidade de faltas (os parâmetros costumam ser em torno de 5 faltas seguidas ou 7 alternadas sem justificativa em 30 dias). Nesse caso, o estudante falta muito ou não vem mais, porém tem matrícula no ano seguinte.<br /><br />Já a <u><b>evasão escolar</b></u> é quando o estudante não permanece em lugar algum, sai da escola e não retorna, não se matricula mais. <br /><br />Portanto, na rotina, trabalhamos no combate à <u>infrequência</u>, que é por onde começa o abandono e a evasão escolar. Os motivos para a infrequência são diversos e há uma grande quantidade de estudos a respeito. O MPSC (Ministério Público de Santa Catarina) destaca algumas questões como as dificuldades de aprendizagem, a violência na escola (sobretudo o bullying), gravidez, trabalho, falta de transporte, entre outros. Também observei, mais recentemente, a infrequência relacionada a questões de saúde mental sem tratamento. <br /><br />As configurações de cada caso são múltiplas e podem correlacionar várias questões, portanto, também demandam estratégias diferenciadas. Uma parte importante desse processo são os registros: das comunicações com os professores, das tentativas de contatos com os responsáveis, das reuniões, dos encaminhamentos realizados e outros atores da rede de proteção que foram acionados. <br /><br />As formas de registros são diversas e devem fazer sentido na organização de cada profissional. Para a minha experiência, precisei usar (1) uma planilha com as comunicações dos professores e tentativas de contato com as famílias; (2) um planner para organizar as reuniões agendadas com famílias, professores e outros profissionais; (3) caderno com anotações sobre as reuniões e encaminhamentos. <br /><br />(1) Modelo planner: <a href="https://drive.google.com/file/d/1LgJAw6DYmijGFpNuxpUg_DpC35aUUkH7/view" rel="nofollow" target="_blank">Planner semanal e mensal</a> (PDF)<br />(2) Modelo planilha: <a href="https://docs.google.com/spreadsheets/d/1MTe6T2OSdDLyov3UBb0fahw_r4mSzMACq3RZCqkXM_4/edit?usp=sharing" rel="nofollow" target="_blank">Planilha Busca Ativa</a> (Google Drive)<br /><br />Quando havia reuniões com familiares, era realizada uma ata de reunião, assinada pelos presentes ao término. Dado o pouco tempo entre as atividades, na maioria das vezes as atas eram realizadas à mão em um livro de atas ou cadernos. Trata-se de uma tarefa muito difícil atender as famílias e fazer conversas complexas tendo que ao mesmo tempo secretariar e registrar a reunião, ainda que com outro colega acompanhando (o que é altamente recomendável), mas sabemos que a realidade é que temos poucos materiais e muitas demandas urgentes. <br /><br />Aqui em Santa Catarina, temos o programa APOIA do MPSC que une as informações sobre infrequência, os fluxos e as estratégias adotadas por cada componente da rede (escolas das redes municipais, estaduais, federais e particulares, Conselho Tutelar e Ministério Público). É por meio desse programa que a escola registra o estudante, a quantidade de faltas e os contatos e estratégias realizadas junto aos responsáveis. Caso o estudante não retorne em 7 dias após o registro, a escola deve notificar, pelo sistema, o Conselho Tutelar. Se em 14 dias após o encaminhamento o estudante ainda não retornou, o caso vai para o Ministério Público. Por meio do sistema é possível acompanhar o fluxo, adicionar documentos, atualizar dados, informar o retorno, entre outras funcionalidades.<br /><br />De acordo com o MPSC, as causas mais frequentes de abandono escolar relatados no APOIA são:<br /><ul style="text-align: left;"><li>desinteresse/ não quer retornar</li><li>dificuldade de aprendizagem</li><li>problemas familiares</li><li>problemas de saúde</li><li>mudança de endereço sem confirmação de estar estudando</li><li>trabalho</li><li>gravidez/parto recente</li><li>responsáveis não localizados (não se sabe o motivo do abandono escolar)</li></ul><p style="text-align: left;">O programa contribui muito para a gestão dos dados a respeito da infrequência no estado de Santa Catarina. No entanto, como qualquer sistema dessa magnitude, precisa de capacitação para o melhor aproveitamento e aperfeiçoamento no sistema em si. Um grande desafio da rotina é fazer os atendimentos, registros e lançamentos no sistema, considerando todas as demandas diárias da orientação pedagógica.<br /><br /><b><i>Estratégias da equipe pedagógica</i></b><br /><br />Na minha experiência como orientadora, os professores foram muito parceiros na comunicação sobre as faltas e hipóteses sobre as causas da infrequência. Frequentemente fazíamos reuniões de assessoria individual com alinhamento das comunicações sobre faltas e também conversávamos sobre os encaminhamentos feitos e os possíveis. Essa parceria é essencial para que o trabalho tenha sucesso, embora esse sucesso muitas vezes esteja longe do alcance dos profissionais. <br /><br />Além do contato com os professores, o contato com a rede intersetorial é essencial para que possam ser feitos encaminhamentos assertivos e ações de prevenção. Por exemplo, é possível realizar parcerias com o CRAS e a UBS da comunidade para realização de palestras na escola e troca de ideias em equipe sobre casos mais graves. O Conselho Tutelar também é um aliado neste trabalho, além de sua atuação obrigatória na busca ativa, dependendo da relação estabelecida, pode também haver uma parceria para discussão dos casos.<br /><br />Como essas relações intersetoriais são construídas e mantidas são desafios que podem ser discutidos junto à equipe da escola, no entanto, muitas vezes um e-mail, um telefone ou uma visita se apresentando já são o pontapé de uma relação. Eu costumava começar escrevendo e-mails em busca de parcerias com outros órgãos municipais e tive muito sucesso, especialmente com o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social).<br /><br />Os resultados obtidos com as estratégias devem ser monitorados pelos registros (como a planilha de acompanhamento dos casos), para que se possa planejar estrategicamente quais ações foram mais eficazes para os tipos de casos.<br /><br /><b><i>Rotina da professora em sala de aula</i></b><br /><br />Hoje estou como professora em sala e lembro da importância do contato com a orientação, procuro a orientadora ou assistente pedagógica da escola e faço registros formais quando a infrequência começa a ocorrer. É interessante fazer o registro por escrito ou por e-mail, para que todos os envolvidos estejam seguros sobre terem feito os encaminhamentos.</p><p style="text-align: left;"></p><p style="text-align: left;">No contexto que trabalho atualmente (Ensino Médio), o combate à infrequência se dá de maneira diferenciada do ensino fundamental, até porque muitas vezes os estudantes são maiores de 18 anos e não mais abrangidos pelos encaminhamentos via APOIA. Assim, o trabalho dos professores é também uma prevenção diária à infrequência, com o que se pode fazer desse lugar. Os últimos anos (durante e após a pandemia) foram bastante desafiadores nesse sentido e tentei estratégias diversas para incentivar os estudantes e combater o desânimo com os os estudos (ainda que as causas para infrequência sejam diversas e mais do que uma atitude pessoal). Organizei um site com os materiais da disciplina para que os estudantes se organizassem, formei grupos de estudos com direcionamento para o ensino técnico e superior, promovi saídas pedagógicas no período noturno, chamei ex-alunos da escola para conversarem sobre a vida depois de formados, convidei palestrantes com diferentes trajetórias, e, muitas vezes, em conversas informais, estreitamos os laços que davam força para continuar.<br /><br />Você já se deparou com um contexto de alta evasão escolar? Que aspectos você percebeu que podem ter influenciado a desistência dos estudantes naquele ano letivo? No papel de professor, que tipos de ações você proporia para prevenir a evasão escolar?<br /><br /><b><i>Sugestões de material complementar</i></b><br /><br />Rita de Cássia Pacheco Gonçalves. PROCESSOS PEDAGÓGICOS PARA PERMANÊNCIA E ÊXITO. Material do curso ESPECIALIZAÇÃO Educação Profissional Integrada à Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos - PROEJA - <a href="https://drive.google.com/file/d/0B-muTzjf9-ohei1VR29BUk8yZm8/view?usp=sharing&resourcekey=0-CRCy56ylgy-J-arxUEniyQ" rel="nofollow" target="_blank">PROEJA_processos_pedagogicos.pdf</a><br /><br />SANTA CATARINA (2018) - POLÍTICA DE EDUCAÇÃO, PREVENÇÃO, ATENÇÃO E ATENDIMENTO ÀS VIOLÊNCIAS NA ESCOLA - <a href="https://drive.google.com/file/d/1QWvk1790riFZ4JIcxR_kpstc1C_xQ1qx/view?usp=sharing" rel="nofollow" target="_blank">Caderno - Política de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências na Escola - NEPRE.pdf</a></p></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-57743949942878009682024-01-26T11:48:00.003-03:002024-01-26T11:48:46.437-03:00Ano novo, novos textos<p>De uns anos para cá, a continuidade deste espaço passou a ser um desafio, pois ao mesmo tempo em que tenho aprendido muito e tenho várias questões para expor e comentar, há pouco tempo em meio às rotinas da atuação direta na educação básica. No entanto, com a explosão de conteúdos em imagens e vídeos (esses cada vez mais curtos e acelerados), fiquei motivada a produzir TEXTOS. <br /><br />Assim, preparei uma série de ensaios sobre cursos, leituras e práticas que realizei nos últimos anos, buscando contribuir com um conteúdo acessível em texto para estudantes, professores e pesquisadores. Que seja um ano de muito aprendizado com tranquilidade e leveza para todos nós.<br /><br />Abs,</p><p>Vanessa</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-46161794399629860652023-03-04T10:49:00.003-03:002023-03-04T10:49:49.727-03:00Organização para estudos na transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio<p><br />Todo início de ano letivo é o recomeço de um ciclo nas escolas, o que em muitos casos demanda a condução de um processo de<b> organização pessoal</b> por parte dos estudantes. Em alguns contextos escolares, como o caso da escola onde trabalho, muitos estudantes não chegam ao Ensino Médio com autonomia na organização de seus materiais e informações acadêmicas. No Novo Ensino Médio (NEM), são cerca de 15 componentes curriculares, alguns trimestrais, outros semestrais, cada qual com seus métodos e avaliações. Muitos estudantes ficam atordoados com a quantidade de informações novas e carecem de estratégias para auto regulação quanto ao que precisa ser feito.<br /><br />Essa é uma questão que muito tem me preocupado e acredito ser essencial para a aprendizagem. Assim, nas turmas nas quais fiquei como responsável pelo componente de “<b>Projeto de Vida</b>”, iniciei o ano letivo com uma série de recursos e orientações para a organização dos estudantes para com os seus estudos e outras atividades. <br /><br />Primeiramente, apresentei aos estudantes as 4 grandes áreas do conhecimento (Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas), os componentes que compõem cada uma e seus respectivos objetos de estudo. Na ocasião, também discutimos o que seria <i>interdisciplinaridade</i>. Nos itinerários do NEM, os estudantes precisam escolher as áreas de aprofundamento e também disciplinas eletivas, no entanto, grande parte desconhece o objeto de estudo das áreas, o que os confunde bastante na hora de escolher. <br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8pllpqNds1soAqTB9h0lLd6g43KXNF0QYefVVZaU2Pj-5hca25gmUvAil7Y28BAeAUxmq1aB-Iv4qx5O_BICKBkWaBcwWAWVbulIN48L3tlDTnu_8U-XWaBd03E16gqoGnx_c4xmTCJypu0fwDoTcjbUHW7CANU67ZRNYnPUPyrkHKnMuFTeQCUTugw/s1850/alphabetpuzzle.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1850" data-original-width="1443" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8pllpqNds1soAqTB9h0lLd6g43KXNF0QYefVVZaU2Pj-5hca25gmUvAil7Y28BAeAUxmq1aB-Iv4qx5O_BICKBkWaBcwWAWVbulIN48L3tlDTnu_8U-XWaBd03E16gqoGnx_c4xmTCJypu0fwDoTcjbUHW7CANU67ZRNYnPUPyrkHKnMuFTeQCUTugw/s320/alphabetpuzzle.jpg" width="250" /></a></div><p><br />Em outro momento, conversamos sobre ferramentas que podem nos auxiliar na organização pessoal e para os estudos, como agendas, <i>planners</i>, listas e aplicativos. Nessa ocasião, surgiu a questão da alta demanda que os estudantes estão sentindo nessa nova fase (mudança do Ensino Fundamental para o Ensino Médio) e a ansiedade que essas novidades geram, além do sentimento de incapacidade e baixa autoestima. Para lidar com essa questão, trabalhamos a importância do planejamento para “tirar da mente e colocar no papel” o que foi e o que precisa ser feito, a fim de minimizar o ato de “ruminar” sobre passado e futuro. Assim, entreguei aos educandos dois modelos de <i>planner </i>que podem ser facilmente impressos ou reproduzidos em uma folha de papel. A ideia é que eles possam criar o hábito de anotar e conferir os compromissos, uma vez que já possuem uma grande quantidade de atividades e informações para gerenciar.<br /><br />Os modelos de <i>planner </i>semanal e <i>planner </i>mensal você pode baixar aqui: <a href="https://drive.google.com/file/d/1LgJAw6DYmijGFpNuxpUg_DpC35aUUkH7/view?usp=sharing">https://drive.google.com/file/d/1LgJAw6DYmijGFpNuxpUg_DpC35aUUkH7/view?usp=sharing</a></p><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj48EdBU93nYqsKleVm1f3NrHOdBCvxM5J0hcc62u3dHEEGFOWQhkOtFQ8CL4wDHEM6cfoMrpnkYguo1hmPAOt1PXzIT982gjFgx3-qMAkDPaQBNhI6Gxsf4Jl7f0YFPpOYqlV7zfcdxT-DIayhjyLQ-bKFMHPAXe1Ud-mODmgg2i6Y0lfPUx1dXrrh2A/s473/planner%20mensal.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="358" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj48EdBU93nYqsKleVm1f3NrHOdBCvxM5J0hcc62u3dHEEGFOWQhkOtFQ8CL4wDHEM6cfoMrpnkYguo1hmPAOt1PXzIT982gjFgx3-qMAkDPaQBNhI6Gxsf4Jl7f0YFPpOYqlV7zfcdxT-DIayhjyLQ-bKFMHPAXe1Ud-mODmgg2i6Y0lfPUx1dXrrh2A/s320/planner%20mensal.png" width="242" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC2oM7Bg5WlIgclab9EyB7Z4fDIiiWI9lV41LEjWlniX5q1sDZGpH7ZlgvUb_KNg9b1SNcA_FZa9jG8T8ci8Bhf8fZbTbyWTVn8xwNTuHoSOTDEybtnzqEf-H9F-eMZAhmVdLTtFbBbJoK-razNZ6f9zjmqtocfPxx92cPPjVl6s0InQzJHP8tIrlnxA/s506/planner%20semanal.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="506" data-original-width="360" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC2oM7Bg5WlIgclab9EyB7Z4fDIiiWI9lV41LEjWlniX5q1sDZGpH7ZlgvUb_KNg9b1SNcA_FZa9jG8T8ci8Bhf8fZbTbyWTVn8xwNTuHoSOTDEybtnzqEf-H9F-eMZAhmVdLTtFbBbJoK-razNZ6f9zjmqtocfPxx92cPPjVl6s0InQzJHP8tIrlnxA/s320/planner%20semanal.png" width="228" /></a></div><p>Além dos planners que visam planejar o que vem pela frente, apresentei aos estudantes também a <b><a href="http://www.contornospesquisa.org/2013/02/planilha-para-habitos.html" rel="nofollow" target="_blank">Planilha de Hábitos</a></b>, uma ferramenta sobre a qual já comentei neste espaço e que utilizo muito na minha própria organização pessoal. Trata-se de uma lista de atividades que se quer reforçar e registrar os dias em que são realizadas, como uma “recompensa” (ver quantas coisas realizou por dia) e também para ter uma visão ampla do que se tem feito ou não e assim poder planejar estratégias posteriores. No primeiro mês, montei junto com os estudantes quais seriam as suas atividades a serem registradas e conferi semanalmente como eles estavam utilizando o recurso. A partir do segundo mês, os deixei livres para continuarem usando ou não, sempre oferecendo o modelo impresso para quem quiser. É muito legal perceber que alguns estudantes realmente aderem e percebem a importância desses registros. Outros não se interessam em continuar, o que também não tem problema, pois cada um tem seu tempo para perceber a relevância da auto organização.<br /><br />Foram apresentados aos estudantes também outros recursos para organização pessoal em aplicativos e sites como o Google Agenda, Google Keep, <a href="http://www.contornospesquisa.org/2021/07/utilizando-o-notion-nas-atividades.html" rel="nofollow" target="_blank">Notion</a>, <a href="http://www.contornospesquisa.org/2010/11/para-organizar-as-tarefas-todoist.html" rel="nofollow" target="_blank">Todoist</a>, entre outros.<br /><br />Para finalizar a unidade, trabalhamos a questão do foco e da atenção, o que muito tem preocupado professores e responsáveis, uma vez que se observa a juventude (e não só ela) bastante dispersa, inquieta, com baixíssima tolerância à espera e à frustração. Assim, fizemos uma dinâmica de leitura em conjunto do texto “<b><a href="https://gec.proec.ufabc.edu.br/ciencia-ao-redor/preste-atencao/" rel="nofollow" target="_blank">Preste atenção! Neurociência explica o que você viu mas não viu</a></b>”, fizemos um debate sobre o uso do celular e autodisciplina no uso de eletrônicos. Por fim, apresentei aos estudantes a estratégia da <b><a href="http://www.contornospesquisa.org/2015/02/como-conseguir-estudar.html" rel="nofollow" target="_blank">Técnica Pomodoro</a></b> na tentativa de “educar” o cérebro a realizar o que a princípio pode não ser prazeroso, mas que é importante ser feito. Finalizamos com um questionário no qual os estudantes escreveram sobre onde dispensam sua atenção e que estratégias utilizam quando precisam focar.<br /><br />O objetivo deste texto foi compartilhar algumas das estratégias pedagógicas utilizadas para familiarizar os estudantes com métodos de organização pessoal e provocá-los a pensar sobre como estão utilizando seu tempo e dispersando sua atenção, o que é útil não só para os estudantes, mas também para seus familiares e nós professores.</p><p>Se você já realizou algo semelhante ou tem sugestões de outras estratégias nessa temática, compartilhe conosco nos comentários. :)</p><p> <br /></p><br /><br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-85402639499903214412021-07-25T14:17:00.003-03:002021-07-27T14:37:14.700-03:00Utilizando o Notion nas atividades docentes<div style="text-align: justify;"></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span></p><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O <a href="https://www.notion.so" rel="nofollow" target="_blank">Notion </a>é um aplicativo/plataforma que ganhou notoriedade nos últimos tempos devido a sua multi funcionalidade. Pode ser desde um bloco de notas até um gerenciador de projetos robustos. Nas minhas férias de 2021 (férias em isolamento pandêmico), decidi ir migrando alguns painéis de outros aplicativos para experimentar e, desde então, tenho desde listas de filmes e livros até planejamentos de aula e páginas para compartilhamento de material com os estudantes.</span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><div><div><div><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Pelo fato de apresentar muitas possibilidades, o uso do Notion pode parecer um pouco confuso no começo. Por isso, é interessante começar pelos modelos já existentes - “</span><a href="https://www.notioneverything.com/all-templates" rel="nofollow" style="text-decoration: none;" target="_blank"><span style="background-color: transparent; color: #1155cc; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration-skip-ink: none; text-decoration: underline; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">templates</span></a><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">”. A partir desses modelos você vai entendendo o que é possível fazer com a ferramenta e vai adaptando para a sua realidade.</span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 700; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Como tem funcionado para minha atividade docente</span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Uma questão importante que fui pensando ao longo dessa montagem foi que isso não poderia ser mais uma tarefa na minha rotina e sim uma forma de facilitar o gerenciamento de tantas informações. Neste ano tenho 15 turmas em 3 escolas e em algumas tenho dois componentes curriculares diferentes, o que vai multiplicando os registros de forma insana. </span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Neste primeiro semestre de 2021, o que mais tenho utilizado são os painéis:</span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><ol style="margin-bottom: 0px; margin-top: 0px; padding-inline-start: 48px; text-align: justify;"><li aria-level="1" style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; list-style-type: decimal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre;"><p role="presentation" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Plano anual (previsão geral para 2021)</span></span></p></li><li aria-level="1" style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; list-style-type: decimal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre;"><p role="presentation" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Obras de referência para a professora (base dos planejamentos)</span></span></p></li><li aria-level="1" style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; list-style-type: decimal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre;"><p role="presentation" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Banco de questões</span></span></p></li><li aria-level="1" style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; list-style-type: decimal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre;"><p role="presentation" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Sequência de aulas por ano/disciplina</span></span></p></li><li aria-level="1" style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; list-style-type: decimal; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre;"><p role="presentation" style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Páginas de referência para os estudantes</span></span></p></li></ol><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Os três últimos painéis são os mais importantes para mim. </span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Banco de questões</span></span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">O banco de questões é um pouco trabalhoso para ir formando, mas depois ajuda muito. Estou sempre precisando buscá-las e já tentei compilar de várias formas, esta finalmente atende as minhas necessidades.</span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="border: medium none; display: inline-block; height: 331px; overflow: hidden; width: 559px;"><img height="331" src="https://lh5.googleusercontent.com/csLqG5phDO3JEMKFNwE7Ndkl3tYG1omKsRJUk989Fjeu9qJpoQl5fRRXnt0H9kPWYkKw5Cy3UhsAU8iTfJp7P90Fh5PTM_VgvYo8B8M7kQoLcRP7O4BRo-rAqQEjiVMW8apc-hfu" style="margin-justify: 0px; margin-top: 0px;" width="559" /></span></span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Essa é a tabela com os temas, conceitos, autores e a origem da questão (mais uma coluna para marcar se a questão já foi utilizada neste ano). Ao clicar na página, abre a questão.</span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="border: medium none; display: inline-block; height: 391px; overflow: hidden; width: 569px;"><img height="417.43713335349247" src="https://lh4.googleusercontent.com/S_9KCAzYYoKGMni-OWDIV4z39kLiF9oLu6uEJaM-tGMRtRcY_NHGMBWEm9bBhQoPv1RrXSYJOHGPFzmBUZQilkQDG1QI9wmkUqn3fMZyU4K7EGBWyMNJFh9CyFWOPOdPVeKopTOg" style="margin-left: -5.68025e-14px; margin-top: -26.4371px;" width="547.6059462075641" /></span></span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></span></span></p><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Sequência de aulas por ano/disciplina</span></span></span></p><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: italic; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></span></p><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="border: medium none; display: inline-block; height: 301px; overflow: hidden; width: 534px;"><img height="301" src="https://lh3.googleusercontent.com/BrZOHotVjqWE-pYYJWLkeFqUYvWhMNCTgoTpeWbftzBVo1sQtff249jdY98-G0xEyY8tiC8UKUrzdJYxUa3HpcBCeGack0Njbx9J6jW5Fz350lttqFu8WJHPdbwi3GxcRczVVtF3" style="margin-left: 0px; margin-top: 0px;" width="534" /></span></span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ao clicar em cada aula, é possível ter uma página com as informações e roteiro. Nessa imagem já aparece o semestre pronto, mas, quando estava planejando, ia inserindo ideias na página de cada aula.</span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="border: medium none; display: inline-block; height: 291px; overflow: hidden; width: 403px;"><img height="291" src="https://lh6.googleusercontent.com/S5Q_tGzWVnxlSEpPiNflPanuGCYtkZ8BrsZHhp8U5BAaljoqGSjAAloJmE9F5Dn92ySPPMInMTntKf-JBkLZz1pvyp0DLK19v-Q7JIexTrb_aQwrAKXNOJg20qcz3xxpXJVarF7D" style="margin-left: 0px; margin-top: 0px;" width="403" /></span></span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Ao definir os temas e a sequência, sempre que me ocorria uma ideia, ia inserindo na página correspondente, o que auxiliava na hora de montar o roteiro mais formal que vai para os estudantes depois.</span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-size: medium;"><i><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Páginas de referência para os estudantes</span></span></i></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: left;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">As páginas de referência para os estudantes foram uma necessidade que surgiu ao longo do ano letivo, uma vez que a plataforma da rede por vezes não funcionava, eles tinham problemas com login, etc. No Notion, você pode compartilhar um painel em forma de site, no qual as pessoas podem acessar e somente ver. A URL não é amigável, mas um encurtador resolve o caso. Compartilhei o link com os estudantes por bluetooth ou escrevendo no quadro mesmo e lá estavam todas as informações que eles poderiam precisar em casa (já que a maior parte das turmas neste ano está no modelo “híbrido”).</span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"><span style="border: medium none; display: inline-block; height: 417px; overflow: hidden; width: 643px;"><img height="417" src="https://lh4.googleusercontent.com/TUzgrvc27TCuHs5Cf_SmKDX7kgIFe18QRVhz92SDgaDEyC3k7imp507k_wiiQ7hg_Wt3HWjgCJE8AKQ_Vxnetf3PrWsuhf00cYowLYHbf-Tid5k0IDnzqZDoXPvXUHQVB-o-GUu-" style="margin-left: 0px; margin-top: 0px;" width="643" /></span></span></span></p><span style="font-family: inherit;"><br /></span><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Na tabela com os roteiros de estudos há uma página por quinzena com o conteúdo e questões para fazer no “tempo casa”. Nessa página também tem as indicações sobre como funciona o ensino híbrido, formulário de contato com a professora e outros links importantes. Nem todos os estudantes têm acesso à internet, nesse caso, envio para cada um os roteiros por bluetooth (felizmente são raros os casos de adolescentes sem celular, a questão tem sido o acesso à internet).</span></span></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"></span><br /><span style="font-family: inherit;"></span></div><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Enfim, são tantas possibilidades que pode ficar confuso, mas também é divertido ir explorando e com o tempo os registros ficam muito interessantes. Esses foram exemplos bem particulares da minha rotina, fique à vontade para compartilhar a sua forma de organização também, assim podemos conhecer mais possibilidades. :)</span></span></p><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></span></p><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit; font-size: medium;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">Outras experiências</span></span></p><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></span></p><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> Usos do Notion por outros professores:</span></span></p><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;">- <a href="https://www.notion.so/Aulas-e-Materiais-9a5559d25a80439c93df06f5581700f0" rel="nofollow" target="_blank">Aulas e materiais prof. João Gilberto Saraiva</a> <br />- <a href="https://www.notion.so/Introdu-o-a-Engenharia-de-Computa-o-509be2543eb94e8a9fe5fcbe5b292489 " rel="nofollow" target="_blank">Introdução a Engenharia de Computação - prof. José Edil G. de Medeiros</a> </span></span></p><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> (em construção)</span></span></p><p style="line-height: 1.38; margin-bottom: 0pt; margin-top: 0pt; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: transparent; color: black; font-size: 11pt; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: 400; text-decoration: none; vertical-align: baseline; white-space: pre-wrap;"> </span></span></p></div></div></div>Unknownnoreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-26403006312732860972021-01-13T16:54:00.001-03:002021-03-25T11:09:33.175-03:00Como elaborar referências de livros eletrônicos (e-books)<div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGXS2R6o7Gg_qM14h9uXz7w8ddMDl0wXdwNHqC557kSWvF2Vx9oVzqAZvMjJ56m7WohfDzney4MgcIozPT5oj2_qhEEG_MRgzjZmwBFuMqqA5wbDvBDkY59iPHO_lofnYl2qmVu4UD9yYu/s2048/kindle.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img alt="Leitor de e-book" border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1449" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGXS2R6o7Gg_qM14h9uXz7w8ddMDl0wXdwNHqC557kSWvF2Vx9oVzqAZvMjJ56m7WohfDzney4MgcIozPT5oj2_qhEEG_MRgzjZmwBFuMqqA5wbDvBDkY59iPHO_lofnYl2qmVu4UD9yYu/w141-h200/kindle.jpg" title="Leitor de e-book. Fonte: a autora" width="141" /></a></div><div style="text-align: justify;"></div><p style="text-align: justify;">Muitas pessoas têm aderido ao uso de leitores de livros eletrônicos (e-book) como Kindle, Kobo e outros. Esses suportes para leitura são visualmente mais adequados do que o celular ou o tablet, entre vários outros benefícios para leitores assíduos.</p><p style="text-align: justify;">No entanto, o sistema de paginação de um ebook pode ser muito diferente de um livro impresso ou até mesmo dos arquivos de texto mais comuns. Como o texto é flexível, pode ser aumentado, diminuído, fontes e espaçamentos diferentes podem ser configurados, assim, não há páginas fixas. Em geral, os e-books utilizam a unidade <i><b>posição</b></i> para marcar o local do livro. </p><p style="text-align: justify;">De acordo com Ferreira (2013), <b>cada posição representa um grupo de 128 bytes de dados, o equivalente a aproximadamente 128 letras</b>. Em algumas edições, há uma opção de verificar a correspondência com a página da edição impressa, porém, nem todos os livros eletrônicos têm uma versão impressa e nenhum deles deveria ser considerado o mais correto, uma vez que são suportes diferentes para o mesmo conteúdo.<br /></p><p style="text-align: justify;">A ABNT, na<b> NBR 6023</b> (2018), ainda que tenha sido atualizada recentemente, ainda não cita os e-books de forma clara. Os trechos que mencionam a indicação de páginas são genéricos sobre o que fazer em casos não previstos, como e-books sem paginação convencional. No entanto, a partir das indicações, podemos construir um formato.<br /></p><p style="text-align: justify;"></p><div style="margin-left: 40px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"></span></div><blockquote><div style="margin-left: 40px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">8.7.3 Documento em meio eletrônico </span></div><div style="margin-left: 40px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;">Recomenda-se indicar o tipo de suporte ou meio eletrônico em que o documento está disponível. Para redes sociais, especificar o nome da rede e o perfil ou página acessados, separados por dois pontos. Para os demais documentos, seguir o descrito em 8.7.1. (ABNT, 2018, p. 54)</span></div></blockquote><div style="margin-left: 40px; text-align: justify;"><span style="font-size: small;"></span></div><p></p><p style="text-align: justify;">No caso de e-books, não haverá uma referência com endereço eletrônico, uma vez que os livros são arquivos localizados na memória do suporte. <b>A referência final é de um livro ou artigo como as publicações impressas, com a indicação de que se trata de uma edição em e-book.</b></p><p style="text-align: justify;"></p><blockquote>➡ Exemplo: Thomas S. Kuhn, <b>The Structure of Scientific Revolutions</b>, 4ª ed. Chicago e London: The University of Chicago Press, 2012, edição Kindle, cap. IX.</blockquote><br />No item sobre as unidades físicas, há mais informações que ajudam a pensar na formação da referência para o formato e-book<br /><br /><p></p><blockquote><span style="font-size: small;"><blockquote><div>8.7.1 Unidades físicas <br /></div><div style="text-align: justify;">A quantidade total das unidades físicas referenciadas deve ser registrada na forma indicada no documento, seguida da sua designação específica, abreviada quando possível, e separada por vírgula quando houver mais de uma sequência. Se necessário informar detalhe do documento, indicá-lo entre parênteses. (ABNT, 2018, p. 52)</div></blockquote></span><span style="font-size: small;"></span></blockquote><br /></div><div style="text-align: justify;">Assim, <b>se a forma de apresentação do e-book for em "posição", indicar essa unidade na referência </b>(no caso de citação direta, que é quando devemos expor o local específico da citação).<br /></div><div><br />Exemplo:<br /><blockquote><div style="text-align: justify;"><blockquote><span style="font-size: small;">Resolvi tomar uma media e comprar um pão. Que efeito surpreendente faz a comida no nosso organismo! Eu que antes de comer via o céu, as árvores, aves tudo amarelo, depois que comi, tudo normalizou-se aos meus olhos. (JESUS, 2014, posição 644)</span></blockquote></div></blockquote><br />Nas referências finais/completas:<br /><br /><div style="text-align: justify;"><blockquote>JESUS, Carolina Maria de. <b>Quarto de despejo</b> – diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014. Livro eletrônico. 3157 posições.</blockquote></div><br /><br /></div><div style="text-align: justify;">⚠ Se você estiver escrevendo um texto acadêmico que vai ser apreciado por uma banca,<b> converse com sua orientação e decida se vocês irão utilizar as edições em livro eletrônico nas citações ou se seria o caso de verificar a paginação em um livro físico</b>. Isso pois os e-books podem não ser familiares a todas as pessoas envolvidas, embora seja um suporte tão legítimo para o conteúdo quanto um livro físico.<br /></div><div><br />Compartilhe as suas dúvidas e experiências sobre o tema nos comentários. ;)<br /><br /><br />Referências:<br /><br /></div><div><div style="text-align: justify;">ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). <b>NBR 6023</b>: Informação e documentação: Referências - Elaboração. Rio de Janeiro, 2018. 74 p.<br /><br />FERREIRA, Cris. Entenda como funciona a contagem de páginas nos ebooks. <b>Vida sem papel</b>, 2013. Disponível em: https://www.vidasempapel.com.br/paginas-nos-ebooks/. Acesso em: 10/01/2021.</div><div style="text-align: justify;"> </div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-4292281179819084872020-12-10T12:01:00.001-03:002020-12-10T12:02:19.480-03:00As tecnologias digitais e o ensino em tempos de pandemia<div><div style="text-align: right;"><i>Por Prof. Djeison Machado</i><br /></div><div style="text-align: justify;"></div><p style="text-align: justify;"> A pandemia causada pelo novo coronavírus causou um grande impacto na educação em 2020. Apesar de previsível, a chegada do vírus ao Brasil ocorreu de forma rápida demais para as redes de ensino e escolas da educação básica se prepararem. Diversos gestores optaram por manter as aulas através do que ficou conhecido como ERE (ensino remoto emergencial), apoiado na maioria dos casos pelo uso das TDICs (tecnologias digitais da informação e comunicação), explorando principalmente as plataformas digitais de ensino da Google e da Microsoft. <br /></p><p style="text-align: left;"></p><p style="text-align: justify;"> Professores e professoras ganharam novos desafios: <b>reconstruir </b>o planejamento considerando as novas condições impostas pelo ERE, <b>aprender </b>a utilizar as plataformas digitais adotadas pelas redes e escolas, <b>produzir </b>materiais didáticos digitais (e em alguns estados as versões impressas destes), <b>pensar em estratégias</b> para manter os vínculos com os estudantes, <b>criar uma rotina de trabalho </b>em home office e <b>manter em condições saudáveis</b> suas próprias saúdes físicas e mentais. Se isso tudo já não fosse o bastante, o medo do uso das TDICs foi arrancado do armário onde vários professores o mantinham trancado e escondido. Tornou-se comum ouvirmos em diversos espaços que “a pandemia acelerou uma mudança que estava prevista para ocorrer ao longo dos próximos anos na educação, ela [a pandemia] trouxe as TDICs para os planejamentos de todos os docentes”. É necessário que façamos algumas reflexões acerca disso tudo, para que possamos minimamente compreender o que aconteceu neste ano e quais caminhos devemos perseguir no período pós-pandemia.</p><p style="text-align: justify;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://topagitos.com.br/wp-content/uploads/2020/07/AULAA-REMOTAS.jpg" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="565" data-original-width="800" height="226" src="https://topagitos.com.br/wp-content/uploads/2020/07/AULAA-REMOTAS.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: xx-small;">Fonte: https://topagitos.com.br/ensino-na-pandemia-com-aulas-remotas-aumenta-o-estresse-e-ansiedade-dos-profissionais-da-educacao/</span><br /></td></tr></tbody></table><br /></div><div style="text-align: justify;"> Discussões, pesquisas e práticas com as TDICs na educação básica não são novidades. Há diversas redes, escolas, professores e professoras que há muito tempo já exploram os recursos digitais em suas aulas. <b>A novidade deste ano foi o uso das tecnologias digitais em larga escala por quase todos os docentes e como política pública para promover alguma forma de ensino durante a pandemia.</b> Vimos nos noticiários e nos relatos de nossos amigos e familiares que o ERE expôs a desigualdade social entre as escolas, mas pouco ouvimos sobre as desigualdades das habilidades dos professores e das professoras para incorporarem as TDICs em seus planejamentos. Parte do magistério nunca foi exposta a discussões teóricas e metodológicas sobre o uso das TDICs, nem tampouco puderam experimentá-las em suas aulas devido à precariedade (ou inexistência) destes recursos nas escolas. Desta forma, muitos professores e professoras tornaram-se suscetíveis a discursos sobre o uso das TDICs que são de senso comum, de experiências de seus colegas e/ou de instituições que possuem interesses escusos aos da promoção de uma educação crítica e de qualidade. <br /></div><div><p></p><p style="text-align: left;"></p><p style="text-align: justify;"> Não raramente, vemos as TDICs serem apresentadas como uma forma para chamar a atenção dos estudantes e motivá-los a aprender. Assume-se que os estudantes por serem nativos digitais irão se interessar mais pelas aulas se elas foram digitalizadas e explorarem recursos tecnológicos como óculos de realidade virtual, jogos, vídeos e redes sociais. No entanto, quando pensamos em mudar o formato de uma aula para agradar os estudantes, corremos o risco de tornar nossas aulas um produto desenhado para satisfazer supostos desejos que acreditamos existirem em nossas salas de aulas. Não podemos correr o risco de repetirmos a lógica do consumismo, em que o cliente (estudante) só consome aquilo (aula) quando está no formato (digital) que lhe satisfaz. A motivação, como a semântica da palavra explica, é algo interno de cada um. Em suas memórias você deve lembrar de vários professores que prenderam a sua atenção apenas com o uso da voz e tantos outros que montaram “um circo” diante de você e não lhe causaram nenhum interesse. Será mesmo que o desinteresse dos nossos estudantes se dá pelo formato das nossas aulas ou talvez se dê por questões institucionais, sociais e pessoais? Seriam as TDICs capazes de resolverem os problemas de desmotivação e desinteresse dos estudantes?<br /></p><p style="text-align: left;"></p><p style="text-align: justify;"> Também é comum encontrarmos associações entre as TDICs e a velocidade de conclusão das tarefas. Diz-se que uma aula com a utilização das TDICs permite que os estudantes desenvolvam as atividades de forma mais rápida por não “perderem tempo” como ocorreria ao utilizarem outros recursos, como o lápis e o papel. Aligeirar as tarefas, na ânsia de concluí-las mais rapidamente, para talvez concluir mais tarefas no mesmo espaço de tempo, não necessariamente permite aos estudantes aprenderem mais e nem melhor. A dinâmica de aumento da produção através da otimização do tempo é algo que faz sentido no mundo fabril e empresarial, onde tempo é dinheiro. <b>Na educação, sabemos que a aprendizagem não se dá na conclusão das tarefas, mas sim no desenvolvimento destas. Um ambiente de aprendizagem que promove tarefas aos estudantes pensando no cronômetro não parece ser adequado para favorecer algumas condições necessárias para a aprendizagem como manter o cérebro calmo e atento. Acelerar o percurso de aprendizagem pode acarretar em perdas pois, afinal, aprender leva tempo.</b><br /></p><p style="text-align: left;"></p><p style="text-align: justify;"> Há ainda aqueles que defendem o uso das TDICs para que os estudantes dominem as novas tecnologias. O mundo moderno já nos exige a utilização destes recursos em vários momentos e exigirá cada vez mais, por isso caberia à escola preparar minimamente os estudantes para tal realidade através do uso dos recursos disponíveis. No entanto, dado o avanço tecnológico acelerado em que vivemos, é um pouco ingênuo pensarmos que os softwares e equipamentos que podemos utilizar hoje serão os mesmos daqui 10 ou 20 anos, basta pensar em como era a nossa relação com a Internet em 2010 e como ela é hoje, mudou bastante não é mesmo? Talvez fizesse mais sentido ensinarmos alguns fundamentos teóricos e práticos sobre as tecnologias (como programação, por exemplo), talvez assim pudéssemos de fato preparar os jovens para o dinâmico e imprevisível futuro tecnológico que os aguarda, mas não é isso que vemos na maioria das aulas com as tecnologias digitais.<br /></p><p style="text-align: justify;"> As TDICs quando propagandeadas como “bala de prata” para os problemas da educação, geralmente costumam apresentar novos problemas ao invés de soluções. Em 2020, por exemplo, vimos a falta de conexão com a Internet, a falta de equipamentos adequados e a pouca alfabetização digital dos estudantes como principais desafios, por vezes limitadores. Também vimos que muitos professores e professoras, por melhor boa intenção que tiveram e esforço que dispuseram, fizeram um uso pobre das TDICs, pois <b>não basta apenas fazer uma vídeo aula transmitida pelo YouTube, isso continua sendo uma aula expositiva; não é suficiente enviar formulários, isso continua sendo um teste de assinalar; solicitar a elaboração de um texto utilizando um software, continua sendo a produção de um texto; pedir um vídeo aos estudantes apresentando um tema, continua sendo uma apresentação de trabalho que antes era feita na sala de aula mas que agora se deu na frente da câmera.</b> <br /></p><p style="text-align: left;"></p><p style="text-align: justify;"> O que vimos durante 2020 com o ERE foi, em muitos casos, a digitalização das mesmas práticas que já eram realizadas nas aulas presenciais. É claro que não há problemas em transpor as práticas antes realizadas no ambiente com lápis e papel para o ambiente digital. O ambiente digital é bonito, é agradável, usar softwares e a Internet permite que a alfabetização digital aconteça, além do fato de que o meio ambiente agradece a redução do uso de papel. Também não podemos negar a importância das aulas expositivas que foram transmitidas pela Internet neste ano, elas foram fundamentais para que estudantes e seus professores mantivessem contato. Muito menos devemos deixar de dar o reconhecido crédito a todos os professores e todas as professoras que fizeram limonadas com os limões que lhes foram dados. Mas é preciso ressaltar que a falta de discussões e reflexões teóricas e metodológicas sobre o uso das TDICs na educação nos fez perder uma janela de oportunidades única que a pandemia nos trouxe. Foi um momento em que os professores e as professoras precisaram utilizar os recursos digitais, mas ninguém os mostrou como o ensino e a aprendizagem poderiam ser diferentes com estes recursos, então, eles fizeram o que sabiam fazer na versões digitais e disponibilizaram aos estudantes através das plataformas.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwVFcHt4x-bDkjhjmDnlO1GL6_OSjV5gL7a1_cI0ZdFB530bmal1vkdjzGmok11yOAhiDhCWagdk-MGWKepyGjPlixG6VGCYYU-09ftou2OK6GiQ1dkLT0i9RUHHS94ZNoB-5DammFXVon/s1654/quote+djeison+2.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1654" data-original-width="1654" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwVFcHt4x-bDkjhjmDnlO1GL6_OSjV5gL7a1_cI0ZdFB530bmal1vkdjzGmok11yOAhiDhCWagdk-MGWKepyGjPlixG6VGCYYU-09ftou2OK6GiQ1dkLT0i9RUHHS94ZNoB-5DammFXVon/s320/quote+djeison+2.png" /></a></div><p></p><p style="text-align: left;"></p><p style="text-align: justify;">Não podemos nos iludir achando que 2020 foi um ano de grandes mudanças na educação e que 2021 será diferente de 2019 porque agora os professores sabem compartilhar uma planilha, fazer um vídeo no YouTube e organizar o Google Sala de Aula. A pandemia e o ERE deixaram evidentes que as metodologias de ensino classificadas como tradicionais estão presentes até hoje, não por acaso, nem comodismo, porque funcionam bem para o modelo de educação de massas e que a incorporação das TDICs e ambientes virtuais de aprendizagens por si só não são capazes de promover mudanças significativas para esta estrutura educacional que temos. Espero que as experiências vividas por professores e estudantes neste ano nos auxiliem a pensar como as tecnologias digitais podem ser utilizadas para promover aprendizagens não possíveis com os atuais recursos comumente utilizados. Convido-lhe a refletir sobre qual foi o uso que você fez das TDICs durante o ERE em 2020, sobre o que você aprendeu e poderia compartilhar com seus pares e sobre o que você percebe que ainda precisa aprender. Ainda temos um longo caminho a percorrer, muitas leituras, diversas reflexões e principalmente trocas de experiências sobre o uso das TDICs para que estas nos sirvam na construção de um modelo de educação mais crítico e de qualidade. Por fim, deixo como sugestão uma antiga charge, velha conhecida de muitos cursos de licenciatura e de formação continuada, que nos convida a refletir sobre o uso das novas tecnologias nas nossas aulas. <br /></p><p style="text-align: left;"><br /><a href="https://www.youtube.com/watch?v=xLRt0mvvpBk">(48) Metodologia ou tecnologia - YouTube</a><br /></p><p style="text-align: left;"><br /></p><p style="text-align: left;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVxpkJU9seOsXTlM4aev7xwmgvuS-DgL7qxb0LoMINtbkSa_eTdILdqyIta7nXd1gQhyphenhyphenfs8V2xq0QBgFTK0N9oA8SGo5nD9F6cOHdxXAcbnD_vuNM2j2gBuhFekM6MwFaCVMM6bPk8bBOY/s640/djeison.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="640" height="149" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVxpkJU9seOsXTlM4aev7xwmgvuS-DgL7qxb0LoMINtbkSa_eTdILdqyIta7nXd1gQhyphenhyphenfs8V2xq0QBgFTK0N9oA8SGo5nD9F6cOHdxXAcbnD_vuNM2j2gBuhFekM6MwFaCVMM6bPk8bBOY/w149-h149/djeison.jpg" width="149" /></a></div><div style="text-align: justify;"><b>Djeison Machado</b></div><div style="text-align: justify;"><i><i> </i></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Professor efetivo na Rede Estadual de Educação de Santa Catarina. Licenciado em Matemática (UFSC), possui mestrado em Educação Científica e Tecnológica Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e especializações em Psicopedagogia (Faculdade Municipal de Palhoça), Ensino de Ciências (IFSC) e Metodologia do Ensino de Matemática (Uniasselvi). É professor de matemática em escolas públicas e privadas desde 2011. <span> </span>Contato: djeison@outlook.com</i><br /></div><div><br /><p></p></div><div><br /></div><div>COMO REFERENCIAR ESTA POSTAGEM:<br /><br />MACHADO, Djeison. As tecnologias digitais e o ensino em tempos de pandemia. Contornos - Educação e Pesquisa, Florianópolis, 2020. Disponível em: <<span><span class="w4txWc oJeWuf" id="c4" role="region"><span class="MUhG4e OGjyyf" data-blogurl="http://www.contornospesquisa.org/">http://www.contornospesquisa.org/2020/12/as-tecnologias-digitais-e-o-ensino-em.html</span></span></span>>. Acesso em: dia/mês/ano. <br /><br /></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-611954958747278262020-10-26T17:35:00.004-03:002020-12-10T15:48:53.030-03:00Podcast na educação: o que é, dicas e como começar<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQrdi_hKY3XBP9XO51QN_8Og8Jmx98HlI9FFKIscBMmo8w2Xz7CmUx1Dm5KtepLkcmIADR9DHmz84lwRhH6GaEoTF-0G7eALk9CggrGv8bHuZqIJT8wMN-n0n3Bb9egwvynuKlY60bVBcL/s1080/Podcast+na+educa%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="249" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQrdi_hKY3XBP9XO51QN_8Og8Jmx98HlI9FFKIscBMmo8w2Xz7CmUx1Dm5KtepLkcmIADR9DHmz84lwRhH6GaEoTF-0G7eALk9CggrGv8bHuZqIJT8wMN-n0n3Bb9egwvynuKlY60bVBcL/w249-h249/Podcast+na+educa%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="249" /></a></div> </div><div style="text-align: justify;">Os podcasts <a href="https://www.tecmundo.com.br/internet/146951-consumo-podcasts-brasil-cresce-67-2019-aponta-pesquisa.htm" rel="nofollow" target="_blank">já vinham se popularizando</a> nos últimos anos, e com o contexto de pandemia, distanciamento social e aulas remotas, sua utilização tornou-se uma alternativa interessante para a educação. Esse recurso tem sido bastante utilizado por professores, tanto como forma de se aproximar de seus estudantes quanto para sua própria formação.<br /></div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><b>O que é um podcast? </b></span>Trata-se de um meio de publicação de arquivos de mídia (áudio) em agregadores diversos (Apple, Google, Spotify, Deezer, Pocket, entre outros ou até mesmo em um site próprio). É muito comparado ao rádio, por ser uma mídia sonora, porém, apresenta algumas diferenças. O podcast é um conteúdo “on demand”, ou seja, tocado sob demanda do usuário. Não há uma programação diária, o arquivo é postado e cada um ouve quando e quantas vezes quiser. Também é um conteúdo fácil de compartilhar por meio de links. Existem programas curtos, de até 10 minutos, outros com cerca de uma hora e até com várias horas de duração, que o usuário pode ouvir em partes.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Atualmente, com a maior facilidade de produzir e distribuir, passou-se a observar como esse poderia ser mais um recurso didático para o contexto de ensino remoto emergencial, ensino híbrido ou mesmo em aulas totalmente presenciais.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">O formato possui diversos <b>potenciais</b>, como <b>suscitar o interesse</b> do educandos com uma forma diferente de entrar em contato com o conteúdo, <b>diversificação </b>dos espaços de aprendizagem, <b>contribuição para os diferentes ritmos</b> de aprendizagem (já que se pode ouvir de forma acelerada, pausada ou re-ouvir várias), <b>acessibilidade </b>para estudantes com deficiência visual ou dificuldades de leitura e, quando os estudantes também produzem os programas, há uma intensa mobilização sócio-discursiva, pois é necessária uma organização do discurso por parte do estudante.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Quanto aos <b>desafios</b>, um dos principais se refere à possibilidade de <b>conexão </b>para download ou ouvir os áudios em <i>streaming</i>. Para muitos estudantes, esse ainda é um entrave significativo. Outro desafio é a <b>sustentabilidade </b>do projeto por parte dos professores. Um podcast, assim como qualquer projeto, precisa de planejamento, objetivo e roteiro claros, o que demanda muita preparação e disposição. Uma dica para superar esse desafio é formar parcerias, trazer convidados/as, ter um grupo de apoio e dividir tarefas. Outra dica é que os podcasts se organizam por temporadas, você pode criar uma temporada com um número limitado de episódios os quais você se compromete em produzir (por exemplo uma temporada de 4 episódios) e depois vê a viabilidade de realizar outras temporadas.<br /></div><p></p><p style="text-align: justify;">Algumas <b>dicas de podcasts</b> para estudantes e professores*<br /></p><ul style="text-align: left;"><li>BBC Learning English</li><li>Café da Manhã</li><li>Fronteiras da Ciência</li><li>Fronteiras Invisíveis do Futebol</li><li>História No Cast</li><li>História Preta</li><li>Mira na Língua Portuguesa</li><li>Nerdcast</li><li>Ponto de Virada</li><li>Prato cheio</li><li>Quadro Negro</li><li>Teaching in Critical Times</li><li>Trip com Ciência</li><li>Xadrez Verbal</li></ul><p> *Dicas de estudantes e colegas por meio de enquete em maio de 2020 - envie suas sugestões nos comentários. :) <br /></p><p></p><p>Destaco também <b>duas iniciativas</b> (entre tantas maravilhosas) <b>de professores da educação básica</b>:<br /><br /></p><ul style="text-align: left;"><li><i><b>Papo de Humanas do Lorea</b></i> da E. E. Prof. Lorea Pinto em Rio Grande/RS - <a href="https://oficinalabtech.wordpress.com" rel="nofollow" target="_blank">https://oficinalabtech.wordpress.com</a>/ <br /></li><li><i><b>Inventa Podcast</b></i> - grupo de pesquisa Inventa Educação Musical da UDESC - <a href="https://www.udesc.br/ceart/inventa/podcast" rel="nofollow" target="_blank">https://www.udesc.br/ceart/inventa/podcast</a></li></ul><p><br /></p><p style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;"><b>Como começar a produzir um podcast? </b></span>Para as minhas aulas no Ensino Médio em 2020, utilizei a plataforma <b>Anchor </b>(<a href="https://anchor.fm" rel="nofollow" target="_blank">https://anchor.fm</a>) para produzir aulas em áudio para os estudantes. Trata-se de uma plataforma gratuita e bastante intuitiva, é possível produzir programas por meio do celular. </p><p style="text-align: left;">Para saber mais como funciona essa ferramenta, recomendo o curso (que foi a principal referência para este texto) "Podcast na educação: da ideia à publicação" realizado pelo EDUMÍDIA - UFSC para a Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação da UFSC (SEPEX).<br /><br />O curso está disponível no YouTube: <br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="374" src="https://www.youtube.com/embed/dI2YM2QNSQs" width="450" youtube-src-id="dI2YM2QNSQs"></iframe> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> </div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> </div><p>COMO REFERENCIAR ESTA POSTAGEM: <br /></p><p>PEREIRA, Vanessa Souza. Podcast na educação: o que é, dicas e como começar.<b> Contornos - Educação e Pesquisa</b>, Florianópolis, 2020. Disponível em: <http://www.contornospesquisa.org/2020/10/podcast-na-educacao.html>. Acesso em: dia/mês/ano. <br /><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-43164895139468187152020-10-14T11:33:00.008-03:002020-12-10T15:48:33.244-03:00A plataformização da educação na pandemia<div style="text-align: justify;"><i><br />Ao completar 10 anos, o site Contornos entra em uma nova fase de conteúdos com a participação de professores/as e pesquisadores/as. A primeira convidada é a cientista social Andressa Nunes Soilo, que pesquisa Antropologia Digital e Antropologia da Propriedade Intelectual.</i><br /></div><blockquote style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja5NS0KHMeOwCV8Wida3btZe7d9BnQiKk17HDZhyYWv3EV9OXs2cr1c2TUysePkypmaZMuFveRsL_CmlVuLGU_BTHmskFr_sWtf_B_xB47yAnRIxaghHxEToIMcNzICiH5Pt8V6tMx1WU2/s1080/ensaio+andressa.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja5NS0KHMeOwCV8Wida3btZe7d9BnQiKk17HDZhyYWv3EV9OXs2cr1c2TUysePkypmaZMuFveRsL_CmlVuLGU_BTHmskFr_sWtf_B_xB47yAnRIxaghHxEToIMcNzICiH5Pt8V6tMx1WU2/w320-h320/ensaio+andressa.jpg" width="320" /></a></div>A plataformização da educação tem sido cada vez mais acolhida pelo mercado, instituições de ensino e alunos com acesso à internet. Comprometendo-se, especialmente, a flexibilizar o formato de aulas presenciais envoltas em horários determinados e exposições instantâneas, o modelo da educação à distância no ambiente online proporciona certo ajuste das demandas da vida à vida.<br /> <br />No cenário da COVID-19, o EAD assume novos significados e (im)possibilidades junto à educação nacional e seus atores. O formato online de ensino passa a ser adotado como um recurso de prosseguimento do “normal” por várias instituições pedagógicas em todo o país - o cumprimento do calendário escolar, o ritmo do ensino-aprendizado, a preparação para o ENEM foram algumas das motivações que alicerçaram o EAD como medida de segurança.<br /><br />Deixando de servir apenas como possibilidade, e assumindo uma roupagem de compromisso emergencial à educação para alguns, o EAD subitamente causou desconforto. De engajamento a nível nacional, o formato passa a ser percebido como um ato descompromissado com as realidades do Brasil. O ensino à distância anuncia uma metáfora sobre a (constante) distância que o ensino está de muitos brasileiros.<br /><br />Não por acaso. Aproximadamente 27% dos domicílios no Brasil não possuem acesso à internet (IBGE, 2018); cerca de 4,8 milhões de crianças e adolescentes não têm acesso à internet em casa (TIC EDUCAÇÃO, 2019); e quase 40% dos estudantes da rede pública de ensino não possui computadores ou tablets (idem). Também, somente 14% das escolas públicas contam com uma plataforma digital de ensino (idem).<br /><br />Em um contexto social que apresenta tais dados, a oportunidade de acessar plataformas online de ensino passa a simbolizar a existência do sujeito social no mapa da educação. No mapa do cuidado, e da importância. Um sujeito incluído no e pelo Estado.<br /><br />O EAD passa, assim, a ser um demarcador explícito das desigualdades e da exclusão social. Torna-se uma expressão de distinção na pandemia. Distinção entre aqueles que podem receber educação por meio do ambiente digital, e aqueles que não.<br /><br />Os esforços de fazer parte de um lugar, sem ter o caminho para este, são regularmente apontados por parte da mídia. Crianças esperam seus pais voltarem de seus empregos para terem acesso a celulares, e assim, assistirem às aulas. Estudantes criam redes de compartilhamento de dispositivos móveis e internet para que colegas e amigos tenham acesso ao conhecimento. Utilizam a internet das comunidades em que vivem. Outros ainda, organizam encontros presenciais na casa dos colegas que possuem acesso aos aprendizados.<br /><br />Contudo, somado a esses obstáculos, há também a percepção de que pouco do que é ensinado online é absorvido pelos estudantes. Muitos pretendem “repetir de ano”, pois sentem que não aprenderam o suficiente. Por vezes, há pouca familiaridade dos professores com o ensino à distância, ou mesmo com as tecnologias envolvidas neste processo. O EAD foi lançado sem apresentar metodologia que contribuísse para a preparação e recepção do conhecimento.<br /><br />Neste cenário, a constante construção da inclusão por quem está excluído pode ser interpretada como resistência às características neoliberais que envolvem tal formato emergencial de ensino. O distanciamento social, nestes casos, é menos um distanciamento em prol da saúde do que um distanciamento total do Estado e de seus direitos fundamentais.</blockquote><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p><br /><span style="font-size: x-small;">Referências<br />IBGE, 2018. PNAD Contínua TIC 2018. Disponível em: <https://bit.ly/3212lBY> Acesso em: 06, set, 2020<br />TIC EDUCAÇÃO, 2019. TIC Kids Online Brasil 2019 - Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br) do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) Disponível em: <https://cetic.br/pt/pesquisa/kids-online/indicadores/> Acesso em: 06, set, 2020.]</span><br /></p><p><b> </b><i><b> </b></i></p><p><i><b>Andressa Nunes Soilo</b><br /></i></p><p style="text-align: justify;"><i></i></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiajgF7r96VZ60bT0sYt6NJfa4AXKD_UzEL_T-UWVahPOLsZV0zQrvk-e42FUV-YGFBbkCaISY4Yu6je254WkIfnjEEmO4WlmH03M-w16FB6Jq0lju4ek7qYn688wbmNQM_mUX_VGhoan3_/s867/foto+Andressa.jpeg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="867" data-original-width="867" height="122" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiajgF7r96VZ60bT0sYt6NJfa4AXKD_UzEL_T-UWVahPOLsZV0zQrvk-e42FUV-YGFBbkCaISY4Yu6je254WkIfnjEEmO4WlmH03M-w16FB6Jq0lju4ek7qYn688wbmNQM_mUX_VGhoan3_/w122-h122/foto+Andressa.jpeg" width="122" /></a></i></div><i>É doutora e mestra em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), cientista social graduada pela mesma universidade e bacharel em Direito graduada pelo Centro Universitário Ritter dos Reis (UNIRITTER). Pesquisa temas nas áreas da Antropologia da Propriedade Intelectual, Antropologia Digital e Antropologia do Consumo.<br /><br />Contato: Twitter <a href="https://twitter.com/andressanns" rel="nofollow" target="_blank">@andressanns</a> ou e-mail andressansoilo@outlook.com</i><br /><p></p><p><br /></p><p>COMO REFERENCIAR ESTA POSTAGEM:<br /><br />SOILO, Andressa Nunes. A plataformização da educação na pandemia. <b>Contornos - Educação e Pesquisa</b>, Porto Alegre, 2020. Disponível em: <http://www.contornospesquisa.org/2020/10/a-plataformizacao-da-educacao-na.html>. Acesso em: dia/mês/ano. </p><p><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-51772507324791403112020-09-23T10:17:00.000-03:002020-09-23T10:17:33.996-03:0010 anos de Contornos<p style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZz7bgetgK11bKHHAxJF5Q9HSiJYA1BIjuw8iiGNOvdhP1qB5lE-i_wbD5oARPOWp0difvrEXaLm4IfgKZytsec6jeZ_JqzMq69JjOjd1jyM25KVobP4MPHVc6b5IBQTRBJ38JnJT6qrtn/s1080/10+anos.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZz7bgetgK11bKHHAxJF5Q9HSiJYA1BIjuw8iiGNOvdhP1qB5lE-i_wbD5oARPOWp0difvrEXaLm4IfgKZytsec6jeZ_JqzMq69JjOjd1jyM25KVobP4MPHVc6b5IBQTRBJ38JnJT6qrtn/w320-h320/10+anos.png" width="320" /></a><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /> O site Contornos está completando 10 anos em 2020. O espaço tem o objetivo de compartilhar textos e materiais didáticos que produzi ou utilizo como referência em minha vida de estudante/pesquisadora/professora. <br /><br />Nesta última década, os leitores acompanharam meu amadurecimento acadêmico desde a graduação, passando por especialização e mestrado, até trabalhos como professora de diferentes disciplinas nas Ciências Humanas. <br /><br />Atualmente tenho feito o que eu mais queria quando iniciei este projeto, que é trabalhar na educação pública. Contudo, como o trabalho tem tomado a maior parte da vida, não está sendo possível produzir novos conteúdos relevantes, como vocês podem perceber pela ausência de postagens. <br /><br />Há muitas ideias e outros pesquisadores/as que podem contribuir para que este espaço continue vivo com conteúdos atuais. Dessa forma, a partir de agora, serão publicados também textos de pesquisadores/as convidados/as para compartilhar ensaios sobre as temáticas de educação e pesquisa.<br /><br /><br />Obrigada por acompanhar e confiar nos conteúdos aqui disponibilizados! <br /><br /><br />Se você tem alguma sugestão, pergunta, ideia ou proposta para este espaço, entre em contato: <a href="mailto:contornospesquisa@gmail.com">contornospesquisa@gmail.com</a> ou aqui pelos comentários.<br /><br /><br />Abraços,<br />Vanessa Souza Pereira</p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-83070520793857608992020-05-16T16:41:00.002-03:002020-06-14T13:30:40.165-03:005 aplicativos para professores em trabalho remoto<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: right;">
</div>
Nesta semana completamos 60 dias de aulas presenciais suspensas em Santa Catarina devido à pandemia do novo coronavírus. As aulas no ensino básico foram retomadas de forma não presencial e o trabalho passou a ser remoto.<br />
<br />
Nesse período, tivemos que rapidamente pensar estratégias de ensino nessa modalidade. Os desafios e críticas são inúmeros, considerando a dificuldade de acesso igualitário aos meios para participação nas atividades escolares, sem falar na falta de apoio em casa e superação das dificuldades de aprendizagem que já eram presentes.<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9iArisEuH9pmv-iTCu1g5_EJKFv1TgHYSDYmHbefKJBwpeVoJtukjMCQ0cE_ShnAXJVdgq4ym_TDI67kkFzzywsUyYYUKEHLQ2CthslaZpnIdBZELBR0cpAIjg_HiBe4YNpqQTcTcBBox/s1600/teacher+by+sofia+flickr.jpg" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9iArisEuH9pmv-iTCu1g5_EJKFv1TgHYSDYmHbefKJBwpeVoJtukjMCQ0cE_ShnAXJVdgq4ym_TDI67kkFzzywsUyYYUKEHLQ2CthslaZpnIdBZELBR0cpAIjg_HiBe4YNpqQTcTcBBox/s200/teacher+by+sofia+flickr.jpg" width="200" /></a><br />
Com a pressão do discurso “não podemos parar”, seguimos com as atividades escolares por meio de plataformas de ensino, e-mails, WhatsApp entre outros.<br />
<br />
O objetivo deste texto é indicar algumas das ferramentas digitais que tenho utilizado para o ensino em tempos de distanciamento social.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-size: large;"><b><span style="background-color: #f3f3f3;"><a href="https://anchor.fm/dashboard" rel="nofollow" target="_blank">*Anchor.fm</a></span> </b></span>(celular e computador) - aplicativo para criação e edição de podcasts. Possui vinhetas, transições, possibilidade de importar áudios e editá-los, além de gravar no próprio aplicativo. Ele mesmo faz a distribuição dos episódios criados no Spotify, Google Podcast, Itunes, entre outros. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="background-color: #eeeeee;"><b><span style="font-size: large;"><a href="https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwjigeKzj7npAhWiKLkGHQQXCn0QFjAAegQIAxAB&url=https%3A%2F%2Fplay.google.com%2Fstore%2Fapps%2Fdetails%3Fid%3Dcom.intsig.camscanner%26hl%3Dpt_BR&usg=AOvVaw08FfT5n5RuhcjqCm-qFbYT" rel="nofollow" target="_blank">*CamScanner</a></span></b></span> (celular) - faz o scan inteligente de fotos e documentos em vários formatos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="background-color: #eeeeee;"><span style="font-size: large;"><b><a href="https://www.techtudo.com.br/tudo-sobre/droidcam-pc-client.html" rel="nofollow" target="_blank">*DroidCam</a></b></span></span> (celular e computador) - para utilizar a câmera do celular como webcam no computador de mesa.<span style="background-color: white;"><b><span style="font-size: large;"> </span></b></span><br />
<br />
<span style="background-color: #eeeeee;"><b><span style="font-size: large;"><a href="https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwii9_DKj7npAhXQGLkGHeKpBxwQFjAAegQIBBAB&url=https%3A%2F%2Fchrome.google.com%2Fwebstore%2Fdetail%2Fscreencastify-screen-vide%2Fmmeijimgabbpbgpdklnllpncmdofkcpn&usg=AOvVaw3U6kMl3lqMqKW0t2zrKByD" rel="nofollow" target="_blank">*Screencastify</a></span></b> </span>(computador) - essa extensão do Chrome proporciona que você grave a tela do computador com a sua voz e imagem ao mesmo tempo. É excelente para revisar exercícios na tela ou explicar uma atividade.<span style="background-color: white;"><span style="font-size: large;"><b> </b></span></span><br />
<br />
<span style="background-color: #eeeeee;"><span style="font-size: large;"><b><a href="https://trello.com/quadrosinspiradores" rel="nofollow" target="_blank">*Trello</a></b></span></span> (celular e computador) - para organização do planejamento, roteiros de estudos, referências, tarefas etc. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Para videoconferências, tenho utilizado os aplicativos que os locais de trabalho solicitam, como Teams, Cisco Webex Meetings e Google Meet.<br />
<br />
Alguma dúvida ou indicação? Envie nos comentários.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-size: x-small;">Fonte da imagem: https://www.flickr.com/photos/61929320@N04/</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><p><b>Como citar este texto</b></p><p>PEREIRA, Vanessa Souza. 5 aplicativos para professores em trabalho remoto. <i>Contornos Educação e Pesquisa</i>,
Florianópolis, 2020. Disponível em:
<http://www.contornospesquisa.org/2020/05/5-aplicativos-para-professores-em.html>.
Acesso em: dia/mês/ano.</p><p><br /></p>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-50603947123987950662020-03-19T12:22:00.004-03:002020-06-14T13:29:56.369-03:00Dicas para organização pessoal e estudos no período de quarentenaEstamos diante de circunstâncias inéditas na sociedade contemporânea, o que está nos exigindo um grande esforço em nos mantermos em resguardo, mas também ativos. Pensei nas dicas a seguir com foco em estudantes de Ensino Médio, entretanto, também pode ser útil para outros segmentos. ;)<br />
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<br />
- <b>Não deixe de realizar seu planejamento diário/semanal</b>, de anotar seus planos, desejos e atividades realizadas. Continue usando sua agenda e/ou seus aplicativos de organização (Google Agenda, Google Keep, Todoist, Trello etc)<br />
<br />
- <b>Mantenha uma rotina de horários</b>, ainda que sejam diferenciados de sua rotina comum. Tente dormir e acordar nos mesmos horários todos os dias, mesmo que você venha a dormir e acordar bem mais tarde que de costume.<span id="goog_1863532583"></span><br />
<br />
- <b>Vista-se como se fosse sair ou encontrar alguém</b>. Não é porque você vai ficar em casa que deve ficar de pijama o dia inteiro. Colocar uma roupa e se arrumar ajuda o cérebro a entender que você está em atividade e pronto para produzir alguma coisa.<br />
<br />
- <b>Equilibre <u>dever</u> e <u>lazer</u></b>. Mais uma razão para manter a organização da agenda. É preciso equilibrar aquilo que você faz porque <b>precisa </b>e aquilo que você faz para relaxar. Os dois são necessários. Pode acontecer de você se sentir culpado/a por não estar produzindo, mas a pessoa presa na ideia do dever acaba não produzindo nada.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
- <b>Anote as suas conquistas</b>. Nesse momento sem atividades externas, a
sensação de não ter produzido o suficiente tende a aumentar. Anote o que
você fez durante o dia e reveja ao longo da semana, você irá se
surpreender com a quantidade de atitudes tomadas. Obs.: essa é a ideia
da <b><a href="http://www.contornospesquisa.org/2013/02/planilha-para-habitos.html" rel="nofollow" target="_blank">Planilha de Hábitos</a></b>.<br />
<br />
- <b>Estipule o tempo dos deveres e os cumpra</b>. A <b>Técnica Pomodoro</b> é uma excelente aliada para focar nas atividades. No entanto, não ambicione demais. Se você estipular 3 horas seguidas de estudo, muito provavelmente não conseguirá e a frustração virá com tudo, impedindo novas tentativas. Comece com pouco tempo, como 45 minutos, cumpra e faça outra coisa depois. Dentro dos 45 minutos, faça um intervalo também. Veja mais em: <b><a href="http://www.contornospesquisa.org/2015/02/como-conseguir-estudar.html" rel="nofollow" target="_blank">Como conseguir estudar?</a></b><br />
<br />
<br />
Que possamos superar esse momento com relativa tranquilidade e que disso possam também surgir coisas positivas. Seguimos!<br />
<br />
<b>Como citar este texto</b><br />
PEREIRA, Vanessa Souza. Dicas para organização pessoal e estudos no período de quarentena. <i>Contornos Educação e Pesquisa</i>, Florianópolis, 2020. Disponível em: <http://www.contornospesquisa.org/2020/03/dicas-para-organizacao-pessoal-no.html>. Acesso em: dia/mês/ano.<br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-25525457996379288302019-12-02T10:03:00.000-03:002020-02-26T18:32:46.163-03:00Estratégias de leitura acadêmica - Recurso virtual<div style="text-align: justify;">
A equipe de produção da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) construiu um Recurso Educacional Aberto (REA) sobre <b>estratégias de leitura de textos acadêmicos</b>. A ideia é auxiliar as pessoas a compreender textos, artigos acadêmicos e científicos, por meio da elaboração de uma <b>ficha de leitura</b>. </div>
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<br /></div>
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<b>Confira: <a href="https://apps.univesp.br/estrategias-de-leitura-academica/" rel="nofollow" target="_blank">https://apps.univesp.br/estrategias-de-leitura-academica</a></b> </div>
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<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6oE_kt3S9PRe7m_nZrmS4lGbsb24-IZArB43Qp_5RnsMfH5PYn6ujlv0VkNLfF8JGaujOaGEYK5DA2GX609tSolsOJaOOU2peXf9LLXjWLNQGY6woSUaXf9faRACUhpNX3jBgVue6N9td/s1600/ficha+de+leitura.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="839" data-original-width="1403" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6oE_kt3S9PRe7m_nZrmS4lGbsb24-IZArB43Qp_5RnsMfH5PYn6ujlv0VkNLfF8JGaujOaGEYK5DA2GX609tSolsOJaOOU2peXf9LLXjWLNQGY6woSUaXf9faRACUhpNX3jBgVue6N9td/s400/ficha+de+leitura.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Clique na imagem para ampliar</td></tr>
</tbody></table>
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<br /></div>
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</div>
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A respeito das fichas de leitura (ou fichamentos), veja também o artigo<b>
<a href="http://www.contornospesquisa.org/2017/06/sobre-o-plagio-em-trabalhos-e.html" target="_blank">Plágio em trabalhos e relatórios: é preciso entender o que é pesquisa</a></b></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-31661780755127668892019-10-06T18:23:00.002-03:002020-06-12T13:44:15.635-03:00Cartões de análise para imagens e vídeos - Anos Iniciais do Ensino Fundamental<div style="text-align: justify;">
Ao longo dos últimos anos, estou tendo a oportunidade de trabalhar com diferentes segmentos do ensino básico. Essa vivência profissional e pessoal tem sido bastante intensa, pois as demandas, necessidades e imprevistos acabam tomando conta do cotidiano. Ainda assim, as dificuldades algumas vezes foram importantes para o desenvolvimento de estratégias de superação.</div>
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<br /></div>
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Uma das experiências mais ricas e desafiadoras se deram como docente de <b>Ciências Humanas nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental</b>. É um rico momento da vida escolar para suscitar o interesse na área, despertar a curiosidade científica e o olhar crítico. No entanto, a realidade da sala de aula exige intensa dedicação na criação de ideias para cada momento, pois a atenção do educando tem de ser conquistada várias vezes ao longo de uma aula.</div>
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<br /></div>
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Ao trabalhar com os Anos Iniciais, compreendi a forte necessidade de se organizar o espaço, o quadro (apagar registros anteriores, colocar data e alguma observação sobre o dia, atividades e conteúdos programados) e realizar uma <b>acolhida</b>, especialmente quando for a primeira aula do turno. Essa acolhida pode ser uma história, uma dinâmica, uma música, um vídeo... Ter essa rotina contribui muito para o envolvimento nas propostas didáticas, pois é um momento de conexão entre a professora e o grupo e no grupo entre si.</div>
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Para as acolhidas que envolviam imagens e vídeos (ou outra atividade que envolva essas ou outras mídias), criei um instrumento de registro para o momento. O registro é importante para estimular a reflexão, a escrita e a expressão do educando que muitas vezes está em uma fase inicial de seu processo de alfabetização.</div>
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<a href="https://drive.google.com/file/d/1hHRN1fDKwTX-AgozB7fv8zezNtxSZM1R/view?usp=sharing" rel="nofollow" target="_blank"><b><span style="font-size: large;">Link para download do arquivo em pdf</span></b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghBpJjEdaZgAaLEi2yZSf-Hv1zm2-RaWG7Adxgk6eghvej2rlwFoQACN7Xpa_w1HNUv4VOrXM1NqQq0wCi-aXiebSDRVFWjLkl1R2jeQXmvKYx-L30y3Bs33jMR5kOFqS5YhRmwUxYV9MG/s1600/cart%25C3%25B5es+de+an%25C3%25A1lise.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="717" data-original-width="1082" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghBpJjEdaZgAaLEi2yZSf-Hv1zm2-RaWG7Adxgk6eghvej2rlwFoQACN7Xpa_w1HNUv4VOrXM1NqQq0wCi-aXiebSDRVFWjLkl1R2jeQXmvKYx-L30y3Bs33jMR5kOFqS5YhRmwUxYV9MG/s400/cart%25C3%25B5es+de+an%25C3%25A1lise.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Clique para ampliar</td></tr>
</tbody></table>
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</div>
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<b>Como citar este texto</b><br />PEREIRA, Vanessa Souza. Cartões de análise para imagens e vídeos - Anos Iniciais do Ensino Fundamental.<i> Contornos Educação e Pesquisa</i>, Florianópolis, 2019. Disponível em: <http://www.contornospesquisa.org/2019/10/cartoes-de-analise-para-imagens-e.html>. Acesso em: dia/mês/ano.<br />
<br /></div>
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Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-3306545920592943622019-09-18T17:20:00.000-03:002020-02-26T18:31:58.614-03:00Gêneros textuais e criticidadeParticipei recentemente um curso sobre diferentes gêneros textuais em sala de aula e nele tive a oportunidade de pensar a utilização de 4 diferentes gêneros nas aulas de <span style="font-size: large;">Sociologia</span>: <b>(1) tirinhas, (2) charges, (3) pinturas e (4) propagandas.</b><br />
Segue o que analisei como registro e socialização para docentes do componente. ;)<br />
<br />
<b><span style="font-size: large;"> 1. Tirinha</span></b><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1_B4LjwvQ-H_rWTk8E9JDBhzva_3gRUGDH801gp-W6lKjd-41dNmWeZaCp1DDbcIJyRt67_b8h58IzNA9f3FANDSXYlmo9v2SqMg9sTgEOO4uulUcr2vHAAi04Utv-1zIDWPhOl6OHXCR/s1600/mafalda+coer%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" imageanchor="1"><img border="0" data-original-height="224" data-original-width="760" height="187" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1_B4LjwvQ-H_rWTk8E9JDBhzva_3gRUGDH801gp-W6lKjd-41dNmWeZaCp1DDbcIJyRt67_b8h58IzNA9f3FANDSXYlmo9v2SqMg9sTgEOO4uulUcr2vHAAi04Utv-1zIDWPhOl6OHXCR/s640/mafalda+coer%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Disponível em: https://canaldosbeatles.wordpress.com/2017/10/17/as-aventuras-de-mafalda-com-os-beatles/</span><br />
<br />
A tirinha de <b>Quino </b>mostra o início de uma movimentação de pessoas em torno de uma informação que Mafalda aparentemente desconhecia, mas decidiu ir junto para ver o que era. Deparou-se com uma multidão cercando uma menina com olhares de espanto e ela, constrangida, com o pensamento “Quem espalhou que eu não gosto dos Beatles?”. </div>
<div style="text-align: justify;">
É possível relacionar a tirinha com alguns conceitos da obra de <b>Émile Durkheim</b>, como fato social, instituições sociais, coercitividade e coesão social. A tirinha pode ser um instrumento para ilustrar como ocorre a coercitividade, de modo que quando algo foge dos padrões sociais aceitos no momento, tende a ser considerado motivo de estranhamento, espanto ou perseguição. </div>
<div style="text-align: justify;">
No caso, além da coerção ocorrer em torno da menina que não gosta dos Beatles, está presente também quando Mafalda e várias das pessoas ao redor se deslocam para o mesmo ponto aparentemente sem saber do que se trata. Entende-se que a movimentação de uma multidão contribuiu para aguçar a curiosidade de Mafalda sobre o que as movia. </div>
<div style="text-align: justify;">
Essas questões podem ser discutidas com mais exemplos do que popularmente se chama de “comportamento de manada” ou “maria-vai-com-as-outras”, fatos sociais presentes no cotidiano dos adolescentes inclusive nos ambientes virtuais.</div>
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<b><span style="font-size: large;"> 2. Charge </span></b></div>
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<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZYp1cuawkOU0HFSdIRDVX7SS3cETJK5n-sG9qWx9pXqbkIzlvQGlNyZ7gzE3oELb1Tb7nP9qIKhUh3_hbgSoesK0q5aWzbfHMann4SBxXTCHreELZfJJ0Devn8rGO3QLF_zh5AwrSP5Fg/s1600/savron+charge.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="779" data-original-width="746" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZYp1cuawkOU0HFSdIRDVX7SS3cETJK5n-sG9qWx9pXqbkIzlvQGlNyZ7gzE3oELb1Tb7nP9qIKhUh3_hbgSoesK0q5aWzbfHMann4SBxXTCHreELZfJJ0Devn8rGO3QLF_zh5AwrSP5Fg/s400/savron+charge.png" width="382" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Legenda: “DEUS ACIMA DE TODOS.”<br />
Autor: Savron. Publicada em 23/09/2019 no perfil do artista no Instagram. Disponível no link: <a href="https://www.instagram.com/p/B2wjBxlHq_V/?igshid=hf0r6j2z4xtu" rel="nofollow" target="_blank">https://www.instagram.com/p/B2wjBxlHq_V/?igshid=hf0r6j2z4xtu</a></span><br />
<br />
A charge de Savron publicada em 2019 retrata uma montanha de corpos de pessoas negras sem feições, ensanguentados e empilhados embaixo de uma representação da estátua do Cristo Redentor. O sangue se acumula na base da pilha de corpos, o que se relaciona com a forma como esses corpos são tratados, mais um em uma montanha. Não há outros elementos ou texto verbal. A crítica da charge remete aos repetidos casos de assassinatos de moradores de comunidades do Rio de Janeiro dominadas pela milícia, o tráfico e a ostensiva presença policial.<br />
Na escrita em ambientes virtuais, letras maiúsculas significam que a pessoa está gritando, o que enfatiza o argumento que a charge traz com a imagem: a relação entre religião, poder, política e a atuação do Estado por meio da ação policial nas comunidades em situação de vulnerabilidade social.</div>
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<b><span style="font-size: large;"> 3. Pintura</span></b></div>
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<br />
Pawel Kuczynski é um artista polonês cuja obra nos convida a refletir sobre o modo como utilizando as mídias e novas tecnologias de comunicação e informação. <br />
<br />
Ao analisar uma das obras de Kuczynski em uma proposta didática no componente de Sociologia no Ensino Médio, várias questões podem ser discutidas, como o papel social do jornalismo, a grande mídia, as mídias independentes, as dinâmicas das redes sociais, os linchamentos virtuais, entre outros assuntos emergentes decorrentes da relação entre comunicação, novas tecnologias, sociedade e violência.</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggrukvd3APn2Xo4IhzfruVnbAWdjXfkdrH41b0Ade8-m2WwG6jbw2wrInB1iP0KQrKqCTG1YvKXODrB_gbPiLmVgdPjGMcK2TVXokiH6_iVwWvpBIz3despJGzmDErXdX0bI6LjvmD_ew5/s1600/thought-provoking-paintings-pawel-kuczynski-27.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="700" data-original-width="700" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggrukvd3APn2Xo4IhzfruVnbAWdjXfkdrH41b0Ade8-m2WwG6jbw2wrInB1iP0KQrKqCTG1YvKXODrB_gbPiLmVgdPjGMcK2TVXokiH6_iVwWvpBIz3despJGzmDErXdX0bI6LjvmD_ew5/s320/thought-provoking-paintings-pawel-kuczynski-27.jpg" width="320" /></a></div>
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É possível ainda fazer relação com o texto de Bertold Brecht “Há muitas maneiras de matar”, pensando nas diferentes formas de violência que podem ocorrer nos ambientes virtuais.</div>
<blockquote>
“Há muitas maneiras de matar. Podem enfiar-te uma faca na barriga, arrancar-te o pão, não te curar de uma enfermidade, meter-te numa casa sem condições, torturar-te até a morte por meio de um trabalho, levar-te para a guerra, etc. Somente poucas destas coisas estão proibidas na nossa cidade.”</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Veja também: <a href="https://www.pictorem.com/profile/Pawel.Kuczynski" rel="nofollow" target="_blank">https://www.pictorem.com/profile/Pawel.Kuczynski</a></div>
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<br /></div>
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<b><span style="font-size: large;"> 4. Propaganda</span></b></div>
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<br /></div>
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A peça analisada a seguir é uma campanha publicitária de enfrentamento e reflexão sobre a construção social do machismo pelo governo do Equador.</div>
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<br /></div>
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<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/NTxUWQ2IE6s/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/NTxUWQ2IE6s?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Considerando a visão de Charaudeau (2008), podemos observar que a peça mobiliza o emocional demonstrando a forma como somos impelidos desde antes de vir ao mundo pela família e pela sociedade a seguir determinados padrões de gênero. Tudo o que se refere à menina tem a cor rosa e remete à beleza física, delicadeza e submissão, enquanto o menino utiliza a cor azul e apresenta agressividade, impaciência, inclinação aos esportes e à violência. Ao longo do vídeo estão presentes vários objetos que remetem metaforicamente aos papéis de gênero, como bonecas, roupa de princesa, produtos de beleza, tanque de guerra e armas de brinquedo. A música que embala o comercial tem tom jocoso, o que demonstra como os comportamentos em questão são reproduzidos sem reflexão e com o incentivo das famílias.<br />
<br />
As imagens e símbolos não verbais têm grande influência na construção do argumento, especialmente quando os jovens adolescentes recebem um presente: um par de algemas para a menina e luvas de boxe para o menino, remetendo às posições de submissão e opressão, respectivamente. A mensagem não deixa dúvidas que as mulheres estão em posição de desvantagem nessa relação, que vai se desenvolvendo até culminar no matrimônio e a geração de descendentes desse casal.<br />
<br />
O narrador é um homem e seu tom é grave, cujo <i>ethos </i>associa a ideia a uma questão urgente a ser pensada por todos os gêneros, ou seja, não é algo apenas de interesse das mulheres. O orador aparece apenas no final do vídeo com o comando “o machismo é um mal que se aprende, está em ti poder eliminá-lo. Reage, Equador, machismo é violência”.<br />
<br />
Link para o vídeo: <a href="https://youtu.be/NTxUWQ2IE6s" rel="nofollow" target="_blank">https://youtu.be/NTxUWQ2IE6s</a><br />
<br />
Referência:<br />
CHARAUDEAU, P. Linguagem e discurso: modos de organização. São Paulo: Contexto, 2008.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-13427074722727043492019-01-29T12:11:00.000-02:002019-01-29T12:11:35.371-02:00[Sugestão de artigo] Órbitas sincrônicas: sociólogos e intelectuais negros em São Paulo, anos 1950-1970<i>De Mário Augusto Medeiros da Silva</i><br />
<div>
<br /></div>
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<div>
<b>Resumo</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Procuro discutir a aproximação entre uma geração de sociólogos paulistanos, pesquisadores das relações raciais no Brasil, entre os anos 1950 e 1970, com ativistas e intelectuais negros de São Paulo. O foco se dá nas aproximações entre Florestan Fernandes e a Associação Cultural do Negro, permitindo retroceder e avançar no tempo, vislumbrando-se outras figuras igualmente importantes como Roger Bastide, Virgínia Leone Bicudo, Octavio Ianni, Eduardo de Oliveira e Oliveira. A hipótese é de que há uma aproximação de projetos políticos acerca da mudança social pautada pela luta antirracista, que se modificará em função do golpe de Estado civil-militar de 1964.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div>
<b>Palavras-chave:</b> Intelectuais negros; ativismo; luta antirracista; Florestan Fernandes; Associação Cultural do Negro</div>
</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<b>Referência</b></div>
<div>
SILVA, Mário Augusto Medeiros da. Órbitas sincrônicas: sociólogos e intelectuais negros em São Paulo, anos 1950-1970. <b>Sociologia & Antropologia</b>, Rio de Janeiro , v. 8, n. 1, p. 109-131, abr. 2018 . Disponível em <http://dx.doi.org/10.1590/2238-38752017v814>, acessos em janeiro de 2019.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.scielo.br/pdf/sant/v8n1/2238-3875-sant-08-01-0109.pdf" rel="nofollow" target="_blank"><span style="font-size: large;"><b>Clique aqui para acessar o texto do artigo em .pdf</b></span></a></div>
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<a name='more'></a><div>
<br /></div>
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<span style="font-size: x-small;">Abstract</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">In this article, I discuss the relations established between a generation of sociologists from São Paulo, researchers on the subject of race relations in Brazil between the 1950s and 1970s, with black activists and black intellectuals in the same city. The focus is on the connection between Florestan Fernandes and the Associação Cultural do Negro, which allows me to shift back and forward in time, highlighting other important figures, such as Roger Bastide, Virgínia Leone Bicudo, Octavio Ianni, Eduardo de Oliveira e Oliveira, among others. My hypothesis is close relations were formed around the political projects for social change rooted in the antiracist struggle that made this alliance possible, until the situation changed with the 1964 civil-military coup in Brazil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Keywords: Black intellectuals; activism; antiracist struggle; Florestan Fernades; Associação Cultural do Negro</span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-30705244701397855272019-01-14T10:10:00.000-02:002019-10-06T18:47:35.087-03:00O que fazer quando a autoria é desconhecida? <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div>
Embora seja pouco comum (e recomendável), por vezes há a necessidade de <b><a href="http://www.contornospesquisa.org/2019/01/o-que-e-citar-e-referenciar.html" rel="nofollow" target="_blank">citar e referenciar</a> </b>um material com autoria <b>desconhecida</b>. É importante destacar que a autoria é desconhecida, o que não significa que não exista autoria. <b>Um texto sempre terá um/a autor/a, podendo ser autoria coletiva ou em nome de instituições</b>.</div>
<div>
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxT96S6vnDvzhfywREpHRK_iomE5CwBTJxxW9PGoBrPXRAAcG-DvK3THIwEN1RT5GJfI2FPvAWSD0VlBNWsGpBbOAhQIFzpi9Y_hAZ9ztNLMa6uKyKC9To-CtpHKJc35G59M-llcE32Fyo/s1600/O+que+fazer+quando+a+autoria+%25C3%25A9+desconhecida_.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="667" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxT96S6vnDvzhfywREpHRK_iomE5CwBTJxxW9PGoBrPXRAAcG-DvK3THIwEN1RT5GJfI2FPvAWSD0VlBNWsGpBbOAhQIFzpi9Y_hAZ9ztNLMa6uKyKC9To-CtpHKJc35G59M-llcE32Fyo/s320/O+que+fazer+quando+a+autoria+%25C3%25A9+desconhecida_.png" width="320" /></a></div>
<br />
<b>Quando não encontramos a autoria do texto</b>, primeiramente devemos pesquisar sobre a publicação em outros locais, buscar o dado de forma mais ampla. Caso ainda assim não o encontre, questionar-se sobre a confiabilidade dessa fonte e se é realmente importante para o trabalho. Se a resposta a essa última questão foi positiva, a <b>ABNT 6023</b> indica uma alternativa para referenciar o material:<br />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: x-small;">8.1.3 Autoria desconhecida<br /> Em caso de autoria desconhecida, a entrada é feita pelo título. O termo anônimo não deve ser usado em substituição ao nome do autor desconhecido.<br />Exemplo: DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro, 1993. 64 p.</span></blockquote>
<br />
Assim, colocamos a primeira palavra do título em caixa alta e as seguintes normais, sem utilizar negrito. Veja bem, não é mesmo o caso de legislações, pois o autor dessas é a unidade administrativa ou a instituição responsável.<br />
<br />
Exemplos: <br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: x-small;">BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000.</span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: x-small;">UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS). Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Resolução Nº 04/2004. Diretrizes para o Plano Pedagógico das Licenciaturas da UFRGS. Disponível em: http://www.ufrgs.br/cepe/legislacao/Res04-04.htm</span></blockquote>
<br />
Lembre-se de considerar a palavra seguinte ao colocar em maiúsculas se o título iniciar com artigo definido, indefinido ou palavra monossílaba.<br />
<br />
Exemplo: <br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: x-small;">A ÉTICA nas universidades brasileiras...</span></blockquote>
Por fim, <b>tente incluir mais informações</b> que conseguir sobre a publicação a fim de que outros elementos possam ajudar a entender a fonte, pois a ausência de autoria é um ponto de atenção para a confiabilidade da fonte.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Obs.: As mudanças na ABNT 6023 de 14 de novembro de 2018 não alteraram esse item.<br />
<br />
<div>
<span style="font-size: x-small;">Referência:</span></div>
<div>
<span style="font-size: x-small;">ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 6023: Informação e documentação - Referências - Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.</span></div>
<div>
<br /></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-33406812780287265722019-01-05T18:07:00.001-02:002023-10-15T14:58:33.070-03:00O que é citar e referenciar?É comum utilizarmos os termos <b><a href="https://dicionario.priberam.org/citar" rel="nofollow" target="_blank">citar</a> </b>e <b><a href="https://dicionario.priberam.org/referenciar" rel="nofollow" target="_blank">referenciar</a> </b>em redações e comunicações científicas, porém nem sempre é claro para quem está iniciando o que são essas ações.<br />
<br />
De acordo com o Dicionário Priberam, os dois vocábulos são sinônimos de <b>mencionar </b>e <b>referir</b>. No entanto, em pesquisa, de forma prática,<b> consideramos cada palavra para uma ação diferente</b>.<br />
<br />
<span style="font-size: large;"><b>Citar</b></span>: é transcrever os textos/falas de autores de forma literal ou parafraseada ao longo do texto. (= CITAÇÃO).<br />
<div>
Exemplo:<br />
<blockquote class="tr_bq">
Conforme Dussel (1993, p. 35), “A América não é descoberta como algo que resiste distinta, como o Outro, mas como a matéria onde é projetado o 'si mesmo'.”</blockquote>
<span style="font-size: large;"><b>Referenciar</b></span>: é associar a citação aos seus dados de registro (especialmente autor e data). Cada citação demanda duas referências:<br />
<br />
1) Ao longo do texto, logo após trecho transcrito/parafraseado, no sistema autor-data. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Exemplo: (DUSSEL, 1993, p. 35)<br />
<br />
2) No final do trabalho, na lista de referências. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
Exemplo: DUSSEL, Enrique. <b>1492</b>: o encobrimento do outro – a origem do mito da modernidade. Petrópolis: Vozes, 1993.<br />
<br />
Veja mais em <b><i><a href="http://www.contornospesquisa.org/2011/05/citacoes-para-que-servem-como-utilizar.html" rel="nofollow" target="_blank">Citações: para quê servem? Como utilizar e formatar referências no corpo do trabalho</a>. </i></b><br />
<div>
<br />
Dúvidas? Escreva nos comentários. ;)<br />
<br />
<div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnPKTLWApUBlkyZDyd42vAQR5k1qfH3Zo3x4SXFQv-WKbPx-YZ1d_0YWYI7kPCL3r2uyvTKD3e31bHLnaOt5L_NQONwyWpb_6fPt86mv_sRVROQLQMDKFCW0uUiM-DblubI9jFt2h-2sdR/s1600/escrita.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="426" data-original-width="640" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnPKTLWApUBlkyZDyd42vAQR5k1qfH3Zo3x4SXFQv-WKbPx-YZ1d_0YWYI7kPCL3r2uyvTKD3e31bHLnaOt5L_NQONwyWpb_6fPt86mv_sRVROQLQMDKFCW0uUiM-DblubI9jFt2h-2sdR/s320/escrita.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td class="tr-caption"><span style="font-size: xx-small;">Por: ShellyS </span></td><td class="tr-caption"><span style="font-size: xx-small;">Fonte: https://www.flickr.com/photos/shellysblogger/</span></td></tr>
</tbody></table>
</td><td class="tr-caption"><br /></td><td class="tr-caption"><br /></td></tr>
</tbody></table>
</div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-92224838058950405802018-09-11T13:00:00.000-03:002019-01-30T17:22:56.421-02:00Bases de dados em Educação<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.mapcoletadedados.com.br/images/blog/o-que-e-pesquisa-de-mercado.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://www.mapcoletadedados.com.br/images/blog/o-que-e-pesquisa-de-mercado.jpg" data-original-height="400" data-original-width="800" height="160" width="320" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: inherit;"></span><br />
<h3 style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal;"><span style="font-family: inherit;">Para uma visão geral de variáveis quantitativas em populações, existem </span><span style="font-family: inherit;">bases de dados</span><span style="font-family: inherit;"> nas mais diferentes áreas. Essas bases fornecem acesso a dados produzidos por institutos de pesquisa. </span></span></h3>
<h3 style="text-align: left;">
<span style="font-weight: normal;"><span style="font-family: inherit; font-size: small;">A propósito, estar sempre atento à fonte dos dados, qual empresa ou instituto é o responsável e que métodos utilizou para produzi-los.</span></span></h3>
<h3 style="text-align: left;">
<span style="font-size: small; font-weight: normal;">Alguns exemplos de bases de dados que podem ser utilizadas em pesquisas na área de educação:</span></h3>
<div>
<i><br /></i></div>
<div>
<i>*Conhece outra(s)? Indique nos comentários. :)</i></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
- <a href="http://www.fgv.br/cps/index.asp" rel="nofollow" target="_blank">Centro de Políticas Sociais/FGV</a></h3>
<div style="text-align: justify;">
Portal organizado pela Fundação Getúlio Vargas, contém pesquisas, bancos de dados, textos, artigos, informações de seminários, entre outros</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
- <a href="http://www.nadd.prp.usp.br/cis/index.aspx" rel="nofollow" target="_blank">Consórcio de Informações Sociais (CIS)</a></h3>
<div style="text-align: justify;">
Bancos de dados, microdados em SPSS.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
- <a href="http://www.ibge.gov.br/" rel="nofollow" target="_blank">Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)</a></h3>
<div style="text-align: justify;">
Possui os mais diversos dados sobre a população e o espaço brasileiro. A <a href="http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2006/default.shtm" rel="nofollow" target="_blank">PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios)</a>, por exemplo, é um conjunto de dados amostrais da população, realizado anualmente, em contraponto ao Censo, que é feito uma vez a cada 10 anos e possui diferenças na metodologia.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div>
<h3 style="text-align: justify;">
- <a href="https://cidades.ibge.gov.br/pesquisas" rel="nofollow" target="_blank">IBGE Cidades</a></h3>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Ensino - matrículas, docentes e rede escolar;</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica.<br />
<br />
<span style="font-size: large;">- </span><a href="https://educa.ibge.gov.br/" rel="nofollow" style="font-size: x-large;" target="_blank">IBGE Educa</a><span style="font-size: large;"> ⭐</span><br />
<h3>
- <a href="http://www.iesalc.unesco.org.ve/" rel="nofollow" target="_blank">Instituto Internacional para la Educación Superior en América latina y Caribe (IESALC / UNESCO)</a></h3>
</div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Conta com informações referentes à educação superior na América Latina (em espanhol).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
- <a href="http://www.inep.gov.br/" rel="nofollow" target="_blank">Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP)</a> </h3>
<div style="text-align: justify;">
Levantamentos estatísticos e avaliativos sobre o sistema educacional brasileiro. Censo Escolar, IDEB, ENEM, <a href="http://www.inep.gov.br/superior/censosuperior/" rel="nofollow" target="_blank">Censo da Educação Superior</a>, ENADE.</div>
</div>
<div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
- <a href="http://www.edudatabrasil.inep.gov.br/" rel="nofollow" target="_blank">INEP / EDUDATABRASIL – Sistema de Estatísticas Educacionais</a></h3>
<div style="text-align: justify;">
Sistema de Estatísticas Educacionais (Edudatabrasil). </div>
<div style="text-align: justify;">
"O sistema reúne dados de matrícula, docentes, infra-estrutura e indicadores de eficiência e rendimento educacional de todos os níveis de ensino. As variáveis estão disponíveis com detalhamento até a esfera municipal e podem, ainda, ser analisadas em diferentes dimensões, de acordo com o interesse do usuário."</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
- <a href="http://portal.mec.gov.br/index.php" rel="nofollow" target="_blank">Ministério da Educação</a></h3>
<div style="text-align: justify;">
Site oficial do MEC, contém as legislações da área, especificações sobre os programas e demais informações oficiais da educação no Brasil;</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
- <a href="http://portal.mec.gov.br/sesu/" rel="nofollow" target="_blank">MEC / SESu – Secretaria de Educação Superior</a></h3>
<div style="text-align: justify;">
Portal indispensável para quem realiza estudos sobre Educação Superior</div>
<div style="text-align: justify;">
<div id="fb-root">
</div>
<div>
<br />
<br /></div>
</div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-67079050171310970702018-01-25T19:30:00.000-02:002019-10-06T18:48:50.037-03:00[Sugestão de artigo] A pesquisa e sua escrita: questão de estilo e autoria<div style="text-align: justify;">
<i>De Margareth Diniz e Eloisa Helena Santos</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Resumo</b></div>
<div style="text-align: justify;">
No presente artigo, abordamos os embaraços, os impasses e os desafios contidos na relação do pesquisador com seu objeto de pesquisa, bem como na relação do(a) orientador(a) com o(a) orientando(a), analisando em que medida as relações conscientes/inconscientes interferem e/ou elucidam os resultados da pesquisa. Nosso interesse no tema tem origem nas dificuldades vivenciadas e observadas em nossa trajetória de pesquisadoras e professoras responsáveis pela orientação de alunos(as) na realização de suas dissertações e teses. Nossa experiência evidencia um lento e trabalhoso processo de escolha do objeto de pesquisa, de desenvolvimento da pesquisa e de produção da escrita que resultará, ou não, no trabalho final de um(a) mestrando(a) ou doutorando(a) ou em um possível artigo a ser divulgado para a comunidade científica. O aporte da psicanálise, do método clínico e da teoria da implicação incide na apresentação e na análise de experiência de desenvolvimento das pesquisas e das escritas de uma tese e de uma dissertação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Palavras-chave</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Impasses na Pesquisa; Estilo e Autoria na Escrita; Relação Orientador(a)-orientando(a)</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Referência</b></div>
<div style="text-align: justify;">
DINIZ, Margareth; SANTOS, Eloisa Helena. A pesquisa e sua escrita: questão de estilo e autoria. <b>Trabalho & Educação</b>. Belo Horizonte, v.25, n.1, p. 235-248, jan-abr, 2016.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://seer.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/7873/6030" rel="nofollow" target="_blank"><span style="font-size: large;"><b>Clique aqui para acessar o texto do artigo em .pdf</b></span></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">RESEARCH AND WRITING: A MATTER OF STYLE AND AUTHORSHIP</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Margareth Diniz, Eloisa Helena Santos</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">In this article, we will address the problems, dilemmas, and challenges in the relationship of the researcher with his or her object of research, as well as the advisor-advisee relationship, and to what extent these conscious/unconscious relationships interfere and/or clarify research results. Our interest in the subject stems from the difficulties experienced and observed in our trajectory of researchers and professors responsible for guiding students in making their theses and dissertations. Our experience shows a slow and laborious process of choosing the object of research, research development, and production of the script, which may (or may not) result in the final work of a master’s or doctorate degree, or a potential article to be published for the scientific community. The contribution of psychoanalysis, clinical method, and theory of implication focuses on the presentation and analysis of experience concerning research development and writing a thesis and dissertation.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-small;">Keywords: Impasses in research; Style and authorship in writing; Advisor-advisee relationship</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-5971833820576019832017-08-27T21:17:00.000-03:002019-10-06T18:48:59.611-03:00Tecnologia educacional e deficiência intelectual no ensino básico<b>Tecnologia educacional nas escolas rompe barreiras e promove inclusão entre crianças e jovens com deficiência intelectual<br /></b>
<span style="font-size: x-small;">*Este texto foi produzido por Ana Odorizzi, Giseli Silva Liliane Peres e Vanessa Souza</span><br />
<br />
<div>
<span style="text-align: justify;">A presença cada vez maior de alunos com deficiência intelectual na educação básica está levando as escolas a adaptarem seus conceitos pedagógicos. No entanto, apesar da inclusão de crianças e jovens com algum tipo de deficiência nas escolas regulares ter aumentado nos últimos anos, são grandes os desafios para prepará-las para os educandos.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O sociólogo brasileiro José de Souza Martins ressalta que o que acontece de fato não é a exclusão – o que existe são processos sociais, políticos e econômicos excludentes, que geram uma inclusão precária e instável. Isto é, discutir a exclusão é muito mais falar sobre o que <b>não </b>está acontecendo, a ausência de inclusão. Nesse contexto, muitas das crianças e adolescentes com deficiência sequer são considerados estudantes – são os “alunos de inclusão”, aqueles que simplesmente estão na aula e que frequentemente realizam atividades de forma segregada dos demais. É isso que chamamos incluir?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A discussão é a respeito da inclusão é densa e uma construção constante. Por ora, nossa intenção é chamar a atenção a respeito de um aplicativo/software educacional de apoio ao ensino da Matemática.<br />
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt="somar" src="http://www.projetoparticipar.unb.br/images/somar.png" height="320" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="264" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fonte: http://www.projetoparticipar.unb.br/somar</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<i><br /></i>
<i>Somar </i>é um aplicativo produzido pelo <a href="http://www.projetoparticipar.unb.br/"><span style="font-size: large;">Projeto Participar</span></a> da UNB (Universidade de Brasília) que contempla atividades que possuem aplicabilidade prática dos números, usabilidade de cédulas monetárias e de calculadora para efetuar transações comerciais, bem como o uso de relógio digital para o ensino de horários cotidianos do estudante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os principais objetivos são: estruturar o ambiente gráfico visando promover fácil adaptação do estudante; adequar os recursos multimídia (imagem, animação, som) às atividades pedagógicas propostas; adequar os recursos multimídia (imagem, animação, som) visando aproximar as atividades à realidade do cotidiano do estudante; utilizar recursos motivacionais e de interatividade, a fim de que tornem as atividades mais atrativas e interessantes ao estudante, proporcionando-lhe desafios acadêmicos; priorizar pela correta organização lógica do conteúdo e representá-lo de maneira simplificada e adaptar o conteúdo didático ao público alvo (jovens e adultos com deficiência intelectual).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há uma grande carência de softwares educacionais na área de necessidades educacionais especiais, mais especificamente, deficiência intelectual, por isso, espera-se que o software desenvolvido incorpore valor como ferramenta didática e que colabore para uma aprendizagem aplicativa no ensino de conteúdos da matemática. Almeja-se ainda que o software seja adequado também para ser utilizado por várias instituições de ensino, sendo uma possibilidade a mais na vida acadêmica desses estudantes com deficiência intelectual, porém a maior desvantagem é que a maioria das escolas, principalmente as da rede pública, não possuem fácil acesso à internet ou computadores para todos os alunos, dificultando o acesso a esse tipo de material pedagógico. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
É de amplo conhecimento que a inclusão traz benefícios para os estudantes com deficiência intelectual se os profissionais e a sociedade estiverem abertos e preparados para recebê-los, pois quem possui necessidades especiais é capaz de muita coisa: ler, escrever, fazer contas, correr, brincar e até ser independente. A boa notícia é que, se a criança for estimulada a descobrir seu potencial, as dificuldades deixam de persistir em tudo o que ela faz, ou seja, ela precisa de novos desafios para aprender a viver cada vez com mais autonomia. E não há lugar melhor para isso do que a escola.</div>
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-81571314561542317182017-06-19T23:39:00.000-03:002019-10-06T18:49:26.832-03:00O que fazer quando não se sabe o ano da publicação? Citações e referências<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: left;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFXQj6g7sRCPDrT0i8RcfXaGWL5rYXYgKs-zHEQXo7sqiE9fzvPJy3PjkxT8GZGtaVZYh0KimYRmXj4u8mR1uqiYmR8t0G6Og33CfobHJ44gMEOM9-urjlwQWGb64aqu_nDtUERNsMKAVm/s1600/Por+Hikabu.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="333" data-original-width="500" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFXQj6g7sRCPDrT0i8RcfXaGWL5rYXYgKs-zHEQXo7sqiE9fzvPJy3PjkxT8GZGtaVZYh0KimYRmXj4u8mR1uqiYmR8t0G6Og33CfobHJ44gMEOM9-urjlwQWGb64aqu_nDtUERNsMKAVm/s320/Por+Hikabu.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
O <b>ano da publicação</b> é uma informação imprescindível para a referência de qualquer material. A <b>ABNT 6023 (2002)</b> coloca <b>deve sempre haver uma indicação de ano da publicação</b>, ainda que aproximada. Pode ser também o ano da distribuição, da impressão, da patente ou outra data significativa para a obra. Nesses casos, especificar. Se a data não puder ser determinada, em último caso, inserir uma data aproximada entre colchetes, como nos exemplos a seguir:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<ul>
<li>[1965?] - data provável</li>
<li>[1973] - quando se sabe que é desse ano, mas não está indicado no item</li>
<li>[1982 ou 1983] - um ano ou outro</li>
<li>[entre 1906 e 1912] - utilizar somente intervalos menores de 20 anos</li>
<li>[195-] - quando se sabe que é dessa década, mas não está indicado no item</li>
<li>[195-?] - década provável</li>
<li>[18--] quando se sabe que é desse século, mas não está indicado no item</li>
<li>[18--?] - século provável</li>
</ul>
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<br /></div>
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O mesmo é aplicado quando se tratam de <b>referências publicadas em meio virtual</b>. Os números em colchetes vão assim também na referência dentro texto no sistema autor-data. Por exemplo, (ALECRIM, [2012?]) ou OLIVEIRA ([200-]). Não é usual e deve ser evitado. O sistema é uma alternativa para que de alguma forma haja informação sobre a obra no tempo, no entanto, é para ser utilizado somente se não foi possível obter mais informações e após pesquisa sobre a origem da referência.<br />
<br />
Dúvidas? Envie nos comentários.</div>
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<span style="font-size: x-small;">Referência:</span></div>
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<span style="font-size: x-small;">ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). <b>NBR 6023</b>: Informação e documentação - Referências - Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.</span></div>
<span style="font-family: inherit; font-size: x-small;"><span id="docs-internal-guid-0a652cf5-c347-9b46-8a96-ab03714bc9fb"></span></span><br />
<span style="font-size: x-small;">Foto por Kikabu - https://www.flickr.com/photos/28778836@N08/</span><br />
<span style="font-size: x-small;"><br /></span>Unknownnoreply@blogger.com22tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-58021567983571812462017-06-07T15:24:00.001-03:002020-06-12T13:35:56.331-03:00Plágio em trabalhos e relatórios: é preciso entender o que é pesquisa<div style="text-align: justify;">
Nos últimos anos tive a oportunidade de acompanhar vários alunos em processo de pesquisa e percebi que muitos <b>não têm plena consciência de que o que estão fazendo é plágio</b>. É fato que não se pode alegar simples desconhecimento, porém esse equívoco geralmente decorre da falta de preparo sobre o que é o processo de pesquisa. Infelizmente no Brasil não é comum que tenhamos a pesquisa como princípio educativo na educação básica. A maior parte das pessoas vai ter acesso ao que é uma pesquisa só na universidade (o que também foi o meu caso e contribuiu para muitos tropeços). Há iniciativas nesse sentido, inclusive de redes públicas de ensino, porém há um longo caminho de investimento.</div>
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<br /></div>
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Assim, o que temos atualmente é uma grande quantidade de pessoas acostumadas com o sistema de transcrição de trechos de enciclopédias ou revistas para a realização de trabalhos escolares e muitas outras que já nasceram na era digital, mas que seguem o mesmo princípio de transcrição, só que sem nem ao menos escrever. Com a facilidade das buscas por textos em ambientes virtuais, a prática de transcrição agora é reduzida ao famoso copiar e colar. Em muitos casos, as pessoas modificam apenas algumas palavras do texto e a partir daí o tratam como um texto “seu”.</div>
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<br /></div>
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Vejo que instituições de ensino muitas vezes enviam alertas sérios sobre o problema do plágio nos trabalhos (hoje facilmente identificáveis com softwares) mas pouco se dedicam a educar sobre <b><span style="font-size: large;">o que é plágio</span></b>. Talvez não seja algo tão bem entendido como se imagina.</div>
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<br /></div>
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<b><a href="http://www.noticias.uff.br/arquivos/cartilha-sobre-plagio-academico.pdf" rel="nofollow" target="_blank"><span style="font-size: large;">Veja a cartilha</span></a></b> produzida por uma comissão especializada em avaliação de autoria da UFF (Universidade Federal Fluminense) com explicação e exemplos de plágio. Atenção para os três tipos: integral, parcial e conceitual. Apenas o primeiro tipo se trata de cópia palavra por palavra. </div>
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjULkYwuRGMf1E74S9-xMvssqxw0EdqpDnwRVarYftdRCMNLfAFdSyIVjfCUOoxAxhTeKWku1_nkQYGKY0hJnjreds7_xLAMrf4kTa0lFNrGtKs77g42uADF8NfTfpkNfwdXZGBVoUnkMv-/s1600/cartilha+uff.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="cartilha plágio" border="0" data-original-height="592" data-original-width="869" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjULkYwuRGMf1E74S9-xMvssqxw0EdqpDnwRVarYftdRCMNLfAFdSyIVjfCUOoxAxhTeKWku1_nkQYGKY0hJnjreds7_xLAMrf4kTa0lFNrGtKs77g42uADF8NfTfpkNfwdXZGBVoUnkMv-/s320/cartilha+uff.png" title="" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">"Print" da primeira página da cartilha (UFF, 2010)<br />
<a href="http://www.noticias.uff.br/arquivos/cartilha-sobre-plagio-academico.pdf" rel="nofollow" style="text-align: justify;" target="_blank"><span style="font-size: xx-small;">http://www.noticias.uff.br/arquivos/cartilha-sobre-plagio-academico.pdf</span></a></td></tr>
</tbody></table>
</div>
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<b><br /></b>
<b>Para entender o que é plágio</b>, é preciso entender: <b><span style="font-size: large;">o que é pesquisar?</span></b> Ao refletir sobre o que consiste o ato de pesquisar, o plágio tende a ficar mais evidente e evitável.</div>
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<br /></div>
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<b>Pesquisar é um processo</b>, não se faz na noite do último dia de prazo. Para ter o que escrever, será necessário ler, realmente conhecer o que foi publicado sobre o tema tratado. Aliás, dificilmente haverá um problema de pesquisa bem definido sem leitura, pois a leitura auxilia na percepção de lacunas que se pode examinar com a pesquisa.</div>
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<a name='more'></a><br /></div>
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Sei que para muitos estudantes a sessão da<b> fundamentação teórica</b> é muito difícil de redigir, mas não se trata de uma sessão obrigatória no trabalho por acaso, é uma etapa essencial da pesquisa. Escrever sem leituras anteriores é realmente dificílimo. É necessário estudar o tema, iniciando por conhecer de forma ampla e então optar por questões a se aprofundar, até sentir que não há pontas soltas na explicação do problema. É preciso ler e sentir que dificilmente haverá como alguém (os leitores, a banca, a comunidade, você) ter a dúvida “de onde saiu isso?”, tanto conceitualmente (na formulação da ideia), quanto na indicação das fontes, pois estará claro no texto. </div>
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<br /></div>
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<b>Estudar </b>é um processo de ler/pensar/anotar, que pode ser organizado com <b>fichas de leitura</b> (ou <i>fichamentos</i>). Seria muito difícil trabalhar sem os fichamentos. Simplesmente porque a mente não guarda tudo, é preciso anotar, esquematizar, voltar à anotações. Nos fichamentos também há transcrições, que mais tarde se tornarão <b><a href="http://www.contornospesquisa.org/2011/05/citacoes-para-que-servem-como-utilizar.html" target="_blank">citações diretas</a></b> (ou não), porém estão muito bem sinalizados os trechos que forem anotações minhas e onde são citações dos autores estudados. Pode parecer “gasto” de tempo, mas, acredite, não é. Isso porque após a leitura e o fichamento você estará preparado para escrever muito. Na realidade, o processo de escrita do trabalho pode acontecer até durante o fichamento, pois da concentração e do aprofundamento surgem relações importantes para o desenvolvimento do trabalho.</div>
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<br /></div>
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Abaixo um registro de alguns fichamentos meus para a escrita da dissertação de mestrado. Isso não representa nem 1/10 do que precisei ler/anotar/esquematizar, fora as leituras das disciplinas. Gosto de escrever no papel, mas provavelmente é mais ágil (e fácil de buscar) as anotações em documentos virtuais. </div>
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<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://lh6.googleusercontent.com/94may7SfjHxJWJLrHQ4ofwrlH5YXTGvXX2VS2YZFsnPejDSeJAdYI7iLg4tqoXAnTJ4SkdutFOKWztSzrpRacjH74ALxiozaIpbOVDmHm37wEheYjbkt-Q8Bj5DzC1t3taszj2L0" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="227" src="https://lh6.googleusercontent.com/94may7SfjHxJWJLrHQ4ofwrlH5YXTGvXX2VS2YZFsnPejDSeJAdYI7iLg4tqoXAnTJ4SkdutFOKWztSzrpRacjH74ALxiozaIpbOVDmHm37wEheYjbkt-Q8Bj5DzC1t3taszj2L0" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Exemplos de anotações/fichas de leitura</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
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Enfim, apesar dos esforços de avisos e alertas contra o plágio, acredito que para diminuir/acabar com essa prática, seria interessante buscar ensinar mais sobre os processos de leitura, estudo e pesquisa, preferencialmente desde o ensino básico. Na contramão das práticas imediatistas, é preciso ficar claro que se trata de um processo trabalhoso, que demanda tempo, mas que é muito recompensador em termos de descobertas e aprendizados, além do enriquecimento social trazido pelo conhecimento produzido. ;)</div>
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<br />
<br />
Como citar este texto:<br />PEREIRA, Vanessa Souza. Plágio em trabalhos e relatórios: é preciso entender o que é pesquisa. <i>Contornos Educação e Pesquisa</i>, Florianópolis, 2017. Disponível em: <http://www.contornospesquisa.org/2017/06/sobre-o-plagio-em-trabalhos-e.html.> Acesso em: dia/mês/ano.<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1799845319371359449.post-36536112512621691352017-06-01T11:15:00.000-03:002020-06-12T13:37:26.549-03:00Sobre uso de fotografias em relatórios e trabalho acadêmicos<div style="text-align: justify;">
Conforme vimos <a href="http://www.contornospesquisa.org/2017/05/a-fotografia-e-seus-impactos-na.html" target="_blank">no post anterior</a>, a fotografia foi inventada há cerca de 180 anos e ainda hoje é essencial para nossa comunicação e memórias pessoais e coletivas, além de provocar novas questões sociais com as inovações tecnológicas na área.</div>
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<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz9uoxPab0_Rm61FLVnANnqPYJNhroDcDDOD9_o0Jx6lGnhuScByTREN_QLfn293UAeEaoJGNKaFaEoSkBts0liBULaY6PwzBtiGPIbj-yT3LbIYTO3kcjMEwLy8gUZQLgMC1vk-tUPu9m/s1600/by+wildolive+flickr.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="640" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz9uoxPab0_Rm61FLVnANnqPYJNhroDcDDOD9_o0Jx6lGnhuScByTREN_QLfn293UAeEaoJGNKaFaEoSkBts0liBULaY6PwzBtiGPIbj-yT3LbIYTO3kcjMEwLy8gUZQLgMC1vk-tUPu9m/s200/by+wildolive+flickr.jpg" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Por wildolive, 2010, <br />
<span style="font-size: xx-small;">https://www.flickr.com/photos/molliejohanson/</span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
A fotografia também é elemento importante para muitos trabalhos acadêmicos de praticamente todas as áreas do conhecimento. Muito se fala sobre a adequação do texto às normas, mas e as fotografias? </div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Considerando fotografia aqui como retrato, imagem produzida por um/a fotógrafo/a e uma câmera (o que é diferente de figuras ou ilustrações) é preciso ter em mente que um dos pressupostos básicos para a existência das normas para trabalhos acadêmicos é a proteção da autoria e confiabilidade das informações na produção de conhecimento.</div>
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<br /></div>
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Neste blog há uma postagem específica sobre como indicar a descrição e a fonte de imagens utilizadas em trabalhos acadêmicos, o que também serve para a fotografia. [<a href="http://www.contornospesquisa.org/2012/08/como-referenciar-figuras-imagens-e.html" target="_blank"><b>Como referenciar figuras e imagens</b></a>] No entanto, a utilização de fotografias contém algumas questões a mais que considerei pertinentes para ampliar a discussão.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Quando utilizar uma fotografia em um trabalho, primeiramente, <b>você deve saber</b>, no mínimo, <b>o nome de quem fotografou </b>(pode ser o nome artístico), <b>quem tem os direitos dessa fotografia</b>, por exemplo, jornal ou agência de notícias e <b>o ano</b> em que foi tirada (se tiver a data completa, melhor). Apenas indicar o site de onde você buscou (especialmente em um trabalho que não é virtual) não é suficiente sem essas informações. Já para publicações na internet e em apresentações, as pessoas costumam ter menos cuidados e tenho visto que é aceitável incluir imagens sem colocar a fonte. No entanto, insisto que é importante colocar sempre as informações de autoria junto à foto, mesmo que não tenha todas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<a name='more'></a><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Além da questão da autoria, é preciso ver se a imagem tem autorização para ser divulgada. Autoria e direitos de imagem são coisas diferentes. Se o caso for de uso não comercial como é o caso de trabalhos de conclusão de curso, geralmente é possível utilizar citando autor e de quem é a foto, às vezes os dois são o mesmo, mas, muitas vezes, não. Na internet, veja se em algum local do site há indicação de copyright ou <a href="https://www.gnu.org/licenses/copyleft.pt-br.html" rel="nofollow" target="_blank">copyleft</a>. [Aqui neste site, por exemplo, está no menu lateral abaixo do arquivo do blog.]</div>
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<br /></div>
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Se você está com receio de utilizar uma foto por não saber se é permitido divulgar, dependendo do que precise, há repositórios de fotografias em <a href="http://www.casadoautorbrasileiro.com.br/direito-autoral/dominio-publico" rel="nofollow" target="_blank">domínio público</a>, as quais é possível utilizar livremente. No entanto, não esqueça de que sempre será necessário colocar as informações da fonte.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Há diversos bancos de imagens internet afora que afirmam que as fotos são de domínio público. Desconfio da maioria, pois não apresentam informações sobre as imagens. Prefiro os repositórios a seguir, em especial, pois possuem as informações da foto, que é o necessário para montar a referência.</div>
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<br /></div>
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Alguns sites com fotos em domínio público:</div>
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<br /></div>
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<ul>
<li style="text-align: left;"><b>Portal Domínio Público Brasil <a href="http://www.dominiopublico.gov.br/" rel="nofollow" target="_blank">http://www.dominiopublico.gov.br</a> </b>(pesquisar por tipo de mídia)</li>
<li><b>Projeto The Commons do Flickr <a href="https://www.flickr.com/commons" rel="nofollow" target="_blank">https://www.flickr.com/commons</a></b></li>
<li><b>Projeto Domínio Público do site Pond5 <a href="https://www.pond5.com/pt/free" rel="nofollow" target="_blank">https://www.pond5.com/pt/free</a></b></li>
<li><b>Biblioteca pública de Londres <a href="https://www.flickr.com/photos/britishlibrary/" rel="nofollow" target="_blank">https://www.flickr.com/photos/britishlibrary/</a></b></li>
<li><b>Biblioteca pública de Nova York <a href="https://www.nypl.org/blog/2016/01/05/share-public-domain-collections" rel="nofollow" target="_blank">https://www.nypl.org/blog/2016/01/05/share-public-domain-collections</a></b></li>
</ul>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Quando a fotografia que consta no trabalho foi produzida por você</b>, coloque-se como o/a fotógrafo/a e atente para as seguintes questões:</div>
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<br /></div>
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<ul>
<li>Na fotografia aparecem pessoas? Se sim, elas foram consultadas a respeito dessa fotografia e para seus possíveis usos? Se possível, deixe isso documentado por escrito.</li>
</ul>
<ul>
<li>Na fotografia aparecem crianças ou jovens menores de idade? Nesse caso, é melhor ter uma autorização de uso por escrito.</li>
</ul>
<ul>
<li>Há a exposição de um local privado internamente? Verifique se os proprietários estão de acordo. </li>
</ul>
<ul>
<li>No caso de um relatório de estágio, por exemplo, tenha muito cuidado com o que expuser. É altamente recomendado que se faça um termo de consentimento e os responsáveis estejam de acordo com o fato de você fotografar o local. À propósito, um relatório não precisa necessariamente apresentar muitas fotos. As fotografias não serão tão essenciais se você produzir um texto bem detalhado.</li>
</ul>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Com as fotografias digitais ou digitalizadas, o acesso e distribuição de fotografias tornou-se ainda mais intenso, contudo, a preocupação com a autoria nem de perto seguiu esse avanço. Por isso, para utilizar fotografias em seus trabalhos, se forem de outras pessoas, pense que - se fossem suas - você gostaria de ser referenciado. E, se realmente forem suas, deixe isso claro e certifique-se de ter cuidado com a exposição de outras pessoas ou locais privados com autorização. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O tema merece muito mais atenção e desenvolvimento do que o dado aqui. A <b>Fotografia </b>e a <b>Antropologia Visual</b> como áreas de estudos aprofundam as discussões sobre autoria e ética no uso de fotografias em publicações. ;)</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Veja também: </div>
<ul>
<li><a href="http://www.contornospesquisa.org/2012/08/como-referenciar-figuras-imagens-e.html" target="_blank">Como referenciar figuras e imagens</a></li>
<li><a href="http://www.contornospesquisa.org/2017/05/a-fotografia-e-seus-impactos-na.html" style="text-align: justify;" target="_blank">Fotografia e sociedade: questões básicas para a discussão sobre o uso de fotografias em trabalhos acadêmicos</a></li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
<b>Como citar este texto</b><br />
PEREIRA, Vanessa Souza. Sobre uso de fotografias em relatórios e trabalho acadêmicos. <i>Contornos Educação e Pesquisa</i>, Florianópolis, 2017. Disponível em: <http://www.contornospesquisa.org/2017/06/sobre-uso-de-fotografias-em-relatorios.html>. Acesso em: dia/mês/ano.<br />
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com6