*Este texto foi produzido por Ana Odorizzi, Giseli Silva Liliane Peres e Vanessa Souza
A presença cada vez maior de alunos com deficiência intelectual na educação básica está levando as escolas a adaptarem seus conceitos pedagógicos. No entanto, apesar da inclusão de crianças e jovens com algum tipo de deficiência nas escolas regulares ter aumentado nos últimos anos, são grandes os desafios para prepará-las para os educandos.
Somar é um aplicativo produzido pelo Projeto Participar da UNB (Universidade de Brasília) que contempla atividades que possuem aplicabilidade prática dos números, usabilidade de cédulas monetárias e de calculadora para efetuar transações comerciais, bem como o uso de relógio digital para o ensino de horários cotidianos do estudante.
O sociólogo brasileiro José de Souza Martins ressalta que o que acontece de fato não é a exclusão – o que existe são processos sociais, políticos e econômicos excludentes, que geram uma inclusão precária e instável. Isto é, discutir a exclusão é muito mais falar sobre o que não está acontecendo, a ausência de inclusão. Nesse contexto, muitas das crianças e adolescentes com deficiência sequer são considerados estudantes – são os “alunos de inclusão”, aqueles que simplesmente estão na aula e que frequentemente realizam atividades de forma segregada dos demais. É isso que chamamos incluir?
A discussão é a respeito da inclusão é densa e uma construção constante. Por ora, nossa intenção é chamar a atenção a respeito de um aplicativo/software educacional de apoio ao ensino da Matemática.
Fonte: http://www.projetoparticipar.unb.br/somar |
Somar é um aplicativo produzido pelo Projeto Participar da UNB (Universidade de Brasília) que contempla atividades que possuem aplicabilidade prática dos números, usabilidade de cédulas monetárias e de calculadora para efetuar transações comerciais, bem como o uso de relógio digital para o ensino de horários cotidianos do estudante.
Os principais objetivos são: estruturar o ambiente gráfico visando promover fácil adaptação do estudante; adequar os recursos multimídia (imagem, animação, som) às atividades pedagógicas propostas; adequar os recursos multimídia (imagem, animação, som) visando aproximar as atividades à realidade do cotidiano do estudante; utilizar recursos motivacionais e de interatividade, a fim de que tornem as atividades mais atrativas e interessantes ao estudante, proporcionando-lhe desafios acadêmicos; priorizar pela correta organização lógica do conteúdo e representá-lo de maneira simplificada e adaptar o conteúdo didático ao público alvo (jovens e adultos com deficiência intelectual).
Há uma grande carência de softwares educacionais na área de necessidades educacionais especiais, mais especificamente, deficiência intelectual, por isso, espera-se que o software desenvolvido incorpore valor como ferramenta didática e que colabore para uma aprendizagem aplicativa no ensino de conteúdos da matemática. Almeja-se ainda que o software seja adequado também para ser utilizado por várias instituições de ensino, sendo uma possibilidade a mais na vida acadêmica desses estudantes com deficiência intelectual, porém a maior desvantagem é que a maioria das escolas, principalmente as da rede pública, não possuem fácil acesso à internet ou computadores para todos os alunos, dificultando o acesso a esse tipo de material pedagógico.
É de amplo conhecimento que a inclusão traz benefícios para os estudantes com deficiência intelectual se os profissionais e a sociedade estiverem abertos e preparados para recebê-los, pois quem possui necessidades especiais é capaz de muita coisa: ler, escrever, fazer contas, correr, brincar e até ser independente. A boa notícia é que, se a criança for estimulada a descobrir seu potencial, as dificuldades deixam de persistir em tudo o que ela faz, ou seja, ela precisa de novos desafios para aprender a viver cada vez com mais autonomia. E não há lugar melhor para isso do que a escola.
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